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Adilson Roberto Gonçalves

Pesquisador científico em Campinas-SP

184 artigos

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Meandros da investigação do 8 de Janeiro

Forças de segurança diante de apoiadores de Jair Bolsonaro em Brasília (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)
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Quando o filho 03 parte para as vias de fato no mesmo dia em que se veem as imagens do comandante do GSI nos atos criminosos de 8 de Janeiro a pergunta que fica é: qual a cortina de fumaça do momento? Todas as vezes em que bolsonaristas estão envolvidos com alguma falcatrua - e isso é atividade corriqueira -, algum outro fato espetacular ou espalhafatoso “acontece” para desviar a atenção. Em dia de triste lembrança do aniversário do nazista-mor que parece não morrer nas mentes de muita gente, é questão para se pensar.

Assim, há que se ter coragem, mesmo para dizer o óbvio. Sem Bolsonaro, não haveria 8 de Janeiro é conclusão cristalina à luz dos fatos já revelados e comprovados. No entanto, o alerta de transformar a CPMI em espetáculo está devidamente dado. Espera-se uma condução serena da Comissão com foco no estabelecimento dos culpados pelos crimes, da mesma forma que a CPI da Pandemia no Senado elucidou muitos desvios e desvarios ao longo daquele triste período, mesmo com pesada atuação de bolsonaristas e outros negacionistas e extremistas.

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Por outro lado, os votos de Kassio e Mendonça contra tornar réus os vândalos criminosos do 8 de Janeiro revelam que a extrema-direita mantém seus 20% de cooptação no STF. Mesmo ficando nesse baixo patamar e representando a parcela protofascista da população ainda assim é capaz de muitos danos à democracia e à sociedade. Compararam a ascensão do bolsonarismo à do nazifascismo europeu, mas podemos estar vivendo a analogia dos tempos do entre-guerras em que tais ovos de serpente estavam apenas sendo gestados. O pior pode estar por vir se as devidas punições não acontecerem, a começar pelos mentores do golpismo.

E, mais uma vez, os jornalões tentam manter sua posição. Recentemente, o editorial “É o que deve ser” da Folha de S. Paulo (23/4), em que defende a busca pela objetividade, revelou muito bem o estilo “façam o que eu falo, não façam o que eu faço”. A Folha está longe de praticar os ditames ali escritos, mas está no caminho certo. Um dia, quem sabe, entenderá que não existe falsa equivalência entre ciência e pseudociência, e que jornalismo isento é obra de ficção.

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