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Moisés Mendes

Moisés Mendes é jornalista, autor de “Todos querem ser Mujica” (Editora Diadorim). Foi editor especial e colunista de Zero hora, de Porto Alegre.

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Moro cai na prisão preventiva de Bolsonaro

"Bolsonaro recuou da ameaça de tirar a área de segurança do comando do ex-juiz, mas tem a chave da cela do ameaçado. Moro está nas mãos de Bolsonaro, como os recolhidos à masmorra da Lava-Jato", escreve Moisés Mendes, do Jornalistas pela Democracia. "Bolsonaro depende de Moro, que promoveria um grande estrago se saltasse fora do governo. Mas Moro depende ainda mais de Bolsonaro", afirma

Palavras do Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. (Foto: Marcos Corrêa/PR)
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Por Moisés Mendes, para o Jornalistas pela Democracia

Será terrível a vida de Sergio Moro como prisioneiro de Bolsonaro, mais tenebrosa do que a dos suspeitos mantidos em prisão preventiva sem fim em Curitiba.

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Bolsonaro recuou da ameaça de tirar a área de segurança do comando do ex-juiz, mas tem a chave da cela do ameaçado. Moro está nas mãos de Bolsonaro, como os recolhidos à masmorra da Lava-Jato estiveram em preventivas intermináveis nas mãos do próprio Sergio Moro.


Bolsonaro depende de Moro, que promoveria um grande estrago se saltasse fora do governo. Mas Moro depende ainda mais de Bolsonaro.

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As manobras possíveis não são de fácil execução. O ex-juiz pode continuar no governo à espera de um milagre que o transforme de novo em candidato ao Supremo.


O milagre não deve acontecer, nem que se converta em praça pública como o mais fiel dos neopentecostais de todo o país e que essa seja a única chance de Bolsonaro se livrar do aliado que o ameaçaria em 2022.

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Moro enfrentou o Congresso, o Supremo, a OAB. Afrontou todos que apontam suas fragilidades e se desqualificou como candidato à vaga de Celso de Mello, que – como disse no Roda vida – “foi um excelente ministro”. Por que foi, se ainda é? Porque Moro tem pressa.


Moro vai ficando porque não tem como sair. Se inventar de ir embora, passará a vagar nos gabinetes dos Podemos, dos Talvez Possamos, dos Poderíamos e do Agora Não Podemos Mais. Moro deixou o conforto de Curitiba, com uma turma só dele, e passa a ser manobrado pelos malandros da política que sempre depreciou.

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Vai para uma arena que já tem, na mesma faixa, quase todos sempre andando na direção da extrema direita, o próprio Bolsonaro, Witzel e Doria. E Huck fazendo o papel de bacana do centro e pretendendo se adonar do eleitorado de Lula.
A direita está congestionada e são falsas as certezas de que, pelo que dizem as pesquisas, Moro venceria uma eleição hoje. Muita gente venceu eleições três anos antes, como o ex-juiz venceria agora.


Vai ser divertido ver, na hipótese de sobrevivência e de uma candidatura, o chefe da Lava-Jato desfilando com gente envolvida com caixas 2 e caixas pretas, não mais como colega, como é hoje de muitos deles, mas como líder.
Cópias de Bebiannos, delegados Valdir, Joices, Majores Olímpio e Felicianos estão à espera de Sergio Moro. Bancadas da bala, dos incendiários, do boi, dos exorcismos, dos bancos e dos milicianos o esperam.

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Não há nem como escapar da prisão preventiva de Bolsonaro e tentar fugir para a montanha, porque eles chegaram antes. A planície, a floresta, as montanhas – tudo já é deles, Sergio Moro.

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