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Dom Orvandil

Bispo Primaz da Igreja Católica Anglicana, Editor e apresentador do Site e do Canal Cartas Proféticas

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Mulheres movidas e sonhadoras por valores femininos num mundo injusto

Filhas da LUTA, as mulheres se forjam como militantes animadas, dando até a entender serem sobrehumanas na suada e martirizante construção da humanidade nova, sem machismos, livres de injustiças econômicas e sociais

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Prezada apoiadora Cleuza Maria da Silva,  Brasília.

Ao cumprimentá-la agradecido por curtir e compartilhar seguidamente as postagens do Cartas Proféticas,  reflito nas mulheres neste santo Dia Internacional das Mulheres.

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Quem não admira a delicadeza encantadora das mulheres, que desde os primeiros meses de vida extra uterina sinalizam nas mãozinhas e no rosto o quanto há de beleza predestinada, cuja feminilidade transborda da natureza como se ensinada e ensaiada?

E assim até o envelhecimento  as mulheres mostram que a existência é feminina, como a vida.

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Apesar  de formulação masculina o “Dia Internacional das Mulheres”  se molda pela feminilidade por causa de sua origem remontada à luta. Em 1857, policiais embrutecidos, violentos e machistas – o machismo é criatura perversa do escravagismo e do capitalismo –  a serviço dos patrões, mataram centenas de operárias queimadas em uma fábrica têxtil de Nova York (EUA). Na luta e em greve, elas reivindicavam a redução da jornada de trabalho e o direito à licença-maternidade.

Esse dia, então, é filho da LUTA, de valor feminino.

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O Dia Internacional das Mulheres não é produto do mercado em sua forma comercial masculina de exploração e opressão, mas da fêmea LUTA, que é mãe da libertação, este outro valor feminino que é alcançado pelas pessoas mais nobres, inteligentes e de espírito justo.

E assim a fêmea LUTA se engravidou de mulheres heroínas, amantes da revolução contra o machismo, essa defecação brutal e assassina dos que se intimidam diante da outra fêmea, a emancipação, que as mulheres buscam para si, para seus filhos e para a humanidade.

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Filhas da LUTA, as mulheres se forjam como militantes animadas, dando até a entender serem sobrehumanas na suada e martirizante construção da humanidade nova, sem machismos, livres de injustiças econômicas e sociais.

Convivo com mulheres forjadas na LUTA.  Ao mesmo tempo que são meigas, leves e fortes são rigorosas nos cumprimentos das tarefas revolucionárias na missão de libertar  a humanidade dos grilhões que a amarra no fundo das trevas da submissão da subvida que o capitalismo, no seu devaneio de crises orgânicas e caóticas, insiste em escravizar  à mesquinharia da subhumanidade.

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No momento em que escrevo  me emociono ao tanger em minha memória  imagens vivas de mulheres filhas e mães da LUTA.

Há momentos da vida coletiva em que elas parecem ser tão comuns, simples e humildes. Mas, ao aguçar a observação, percebo que minhas camaradas são realmente dotadas da paixão de quem se entrega agora para lá bem adiante, mesmo que elas não mais existam para saborear os frutos de sua consagração, verem novas crianças, novos jovens e novos seres humanos convivendo igualitariamente na mesma sociedade, mesmo com individualidades tão diversas, mas sem dominação e sem a desgraça da arrogância machista, esse fruto podre e atrasado da opressão.            

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Daí minha imaginação me arrasta à revolucionária  Olga Benário Prestes. Essa heroína alemã-brasileira veio de Moscou para o Brasil, ao lado de Luiz Carlos Prestes, com o objetivo de cuidar da segurança do cavaleiro da esperança.

Aqui Olga, disciplinada, rigorosa no cumprimento das tarefas organizativas, se dedicou à luta contra o fascismo ativo e violento no governo Vargas.

Filha da LUTA, presa pelo ódio de Filinto Müller, o Sérgio Moro do Estado Novo,  e deportada para a morte nos campos de concentração nazistas, com a aprovação do eterno apático e acovardado STF, grávida de Anita Leocádia Prestes, Olga, a despeito da fome, do frio e do medo da morte, sonhava com o Brasil livre,  com as mulheres e os homens libertos/as do capitalismo.

Em carta escrita ao marido desde a prisão em 04/04/1936  na Alemanha a brava Olga demonstrou a força da coragem feminina de quem se entregou à luta por mais cruel, nada romântica e dura que fosse.  Falou da solidão de uma cela cuja única janela foi coberta por um pano para que ela não visse o céu estrelado ou frio. Mas a marca do sonho é como que lapidada em outra carta, a de despedida da lutadora, dirigida ao amado e à filha na véspera do martírio: “Depois desta noite, quero viver para este futuro tão breve que me resta. De ti aprendi, querido, o quanto significa a força de vontade, especialmente se emana de fontes como as nossas. Lutei pelo justo, pelo bom e pelo melhor do mundo (o grifo é meu). Prometo-te agora, ao despedir-me, que até o último instante não terão por que se envergonhar de mim. Quero que me entendam bem: preparar-me para a morte não significa que me renda, mas sim saber fazer-lhe frente quando ela chegue.”

Assim como as mulheres com quem convivo  Olga afirma que a luta produz força de vontade na construção do justo e do melhor no mundo.

Da mesma maneira foi Rosa Luxemburgo, que lutou e estudou o melhor da ciência política, despertando o ódio fascista dos machistas que a torturaram e mataram juntamente com seu companheiro. “No meio das trevas, sorrio à vida, como se conhecesse a fórmula mágica que transforma o mal e a tristeza em claridade e em felicidade. …

Quem não se movimenta, não sente as correntes que o prendem. …

Por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres”, afirmou a revolucionária alemã-polonesa, com a mesma força das mulheres aguerridas.

Das favelas feitas de mulheres pobres, homossexuais e  negras no Rio de Janeiro emergiu para o mundo o grito de outra combatente contra o machismo perverso, ela também filha da LUTA. “O que é ser mulher? O que cada uma de nós já deixou de fazer ou fez com algum nível de dificuldade pela identidade de gênero, pelo fato de ser mulher? A pergunta não é retórica, ela é objetiva, é para refletirmos no dia a dia, no passo a passo de todas as mulheres, no conjunto da maioria da população, como se costuma falar, que infelizmente é subrrepresentada”, bradou Marielle Franco, morta por milicianos corruptos, ladrões, bandidos, machistas e debochados.

Enfim, as mulheres ocuparão as ruas nestes dias 07 e 08 de março de 2020, sobretudo as trabalhadoras, para afirmar que o seu lugar é na LUTA, porque elas são filhas desta fonte inesgotável de revolucionárias e heroínas consagradas à libertação da Pátria, dedicando  o sangue da classe produtiva, vítima do desemprego,  das injustiças que o capitalismo em sua decadência acumula sobre elas e sobre toda a classe trabalhadora, a mais importante vertente messiânica das grandes transformações forjadoras de um mundo sem explorados e sem exploradores.

Ser mulher equivale ser impulsionada pela grandeza dos sonhos organizativos da classe trabalhadora, de onde nasce o valor revolucionário das mudanças que se farão justiça,  pães e poesia para todas as pessoas.

Ousar lutar e ousar vencer são marcas do povo mobilizado e em marcha. Venceremos!

Abraços críticos e fraternos,

Dom Orvandil.

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