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Carlos Henrique Abrão

Desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo

159 artigos

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Mundo drogado e violento

Temos, de um lado, total falta de representatividade coroando uma democracia do voto obrigatório e candidatos que são lançados por companheirismo e de cima para baixo, e não mediante plebiscito que tenha autonomia de partidos independentes

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De tempos em tempos, convivemos com fatores absolutamente desumanos e que rompem a normalidade da vida em sociedade.

O momento atual é repleto de proselitismo e de muita falação sem conotação de solução para os graves problemas do mundo globalizado.

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O aumento desmesurado do consumo de drogas, associado à violência, irracionalidade e radicalismo, coloca em relevo as ações internacionais para constrição de mecanismos fortes com o escopo de minimizar os danos à saúde e integridade das pessoas.

As drogas deveriam ser fortemente controladas, e até eliminadas do mercado, pois que estão associadas aos crimes violentos e formação de quadrilhas que fazem barganhas em troca do produto; doutro ângulo, a violência explode sem tréguas e os países desenvolvidos têm marcado folga incomum na luta sem limites para combater as causas.

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E o grau de loucura humana ultrapassa qualquer sensibilidade, a ponto de se invadir uma clínica de pessoas deficientes no Japão e matar dezenas delas, além do ataque na França, nos EUA e, mais recentemente, na Alemanha.

A violência passou e ultrapassou todos os limites, o ideal seria um controle pesado sobre as industrias de armamentos no Brasil e no exterior e a fiscalização rigorosa nas fronteiras.

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A Primavera Árabe conseguiu dissociar os povos e permitir que milhões de refugiados voltassem a pensar no velho continente europeu, talvez, um dos motivos principais pelos quais o Reino Unido se escafedeu da comunidade econômica europeia.

O momento é de grave dificuldade, pois que o combate à violência e às drogas tem sido incipiente e embrionário, a sociedade está derrotada e os Estados, desunidos, pois que as quadrilhas se espalham e, na própria internet, há os atravessadores à busca do lucro fácil.

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Combater, ao mesmo tempo, as drogas e a violência representa o maior desafio do atual século, já que a morte foi extremamente banalizada, que não são capazes, os lideres mundiais, de participar soluções eficazes.

A ONU, de braços cruzados, e as principais potências recuam, não se atacam reciprocamente para defender os seus próprios interesses, mas, quando atingimos índices dessa magnitude, com a perda de tantas vidas de forma brutal e insensível, as vozes da paz da Igreja e do Papa parecem ressoar no deserto sem qualquer posição de recuo.

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Estupefatos e demasiadamente desgovernados, os povos mundo afora procuram respostas que possam atenuar o contexto de uma sociedade que atravessa crise de valores éticos e morais, contra o Estado corrupto que não mede esforços para espalhar gastança em troca de arrecadação de mais impostos.

O consumo desabrido fez com que a cidadania se espatifasse e a tecnologia da internet colocou em crise o convívio social, além do modelo tradicional familiar que a mídia insiste em pulverizar e as novelas persistem no que mais não presta.

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Temos, de um lado, total falta de representatividade coroando uma democracia do voto obrigatório e candidatos que são lançados por companheirismo e de cima para baixo, e não mediante plebiscito que tenha autonomia de partidos independentes.

Nessa turbulência mundial que salta aos olhos, a droga precisa ser debelada na fonte e a violência, destruída no próprio nascedouro, daí porque a importância de um tratado internacional e a cooperação de forças estrangeiras que se comuniquem, com policiamento e tropas de elite nos portos, aeroportos e nas fronteiras.

Bilhões são recolhidos pelo mercado das drogas e, ao se associar com a violência, ceifam milhares de vidas, por causa da insignificância e alto grau de impunidade.

Retirar as drogas do planeta e trabalhar para a promoção da paz em tempos de crise, de guerra e da banalização da morte parecem ser os maiores desafios de todas as potências desenvolvidas e também daquelas em desenvolvimento.

O distanciamento entre os mais ricos e os miseráveis ganha proporções incomensuráveis e disso resulta um paradigma econômico que reduz tudo ao custo e à precificação do pequeno ao maior produto, de tantas formas que se esquecem do saber, da cultura e da própria educação.

O mundo enfurnado em lutas tribais e fratricidas não reage aos conceitos e preconceitos divulgados pela mídia, que procura espalhar batalhas e gosta pelo sentimento do sangue derramado em qualquer parte do planeta.

Uma correção de rumo já passou da hora e a humanidade precisa estar disposta a abrir os olhos, pois não há mais, em qualquer parte do mundo, sossego e despreocupação, pois qualquer louco poderá surgir do nada e disparar balas mortais para todos os cantos, uma bomba, explodir no saguão do aeroporto, detonarem um navio que acaba de atracar e daí por diante, em razão da imaginação das trevas que polui o mundo e faz da existência humana uma verdadeira incógnita.

Sem dúvida alguma, a liturgia de hoje é pelo consumo, enraizada nos males da droga e nos vícios da violência sem fim e, para que isso cesse ou diminua sua intensidade, não basta a voz firme e de fé do Papa Francisco, mas um movimento que nasça e cresça em toda a sociedade cujo pertencimento não é só material, mas, sobretudo, de riquezas infinitas provenientes da alma.

O esgotamento de um modelo, a falta de representatividade, e o abalo da economia refletem a dissociação da sociedade dos rumos da vida e posiciona uma latente situação de conflito, abusos em relação ao amanhã.

Acaso não viremos essa página negra da história da humanidade, nossa omissão nos condenará ao papel de vítimas e, ao mesmo tempo, de reféns da incerteza, insegurança e da bazófia da insanidade global.

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