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Não com nosso manto...

O que para você é segunda pele, para nós é única pele, Marcelinho. Entenda isso, vez por todas e todas as vezes que alguém lhe criticar por levar, para um fascista, o manto inicialmente anarquista, desenhado à luz dos lampiões...

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Obrigado por tudo Marcelinho. Foram gols em profusão, dribles em efusão, conquistas em ebulição e a magia de teu jogo em nosso favor. Muito obrigado...

Poucas vezes este que teima em lhes incomodar por aqui poderia agradecer tanto a alguém quanto a você, Marcelinho. E foram várias as ocasiões. Lembramos de uma, que se conta na falta mágica que você cobrou, em Ribeirão Preto, milimétricamente sobre a cabeça de Muller e no ângulo do grandioso Veloso, na final do Paulistão de 1995.

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A magia de teu chute calou o choro de meu amado filho, que vinha desde a final do brasileirão de 1994, contra a mesma porcada...

Obrigado!

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Deu de agradecer, todavia, quando você, Marcelinho, que usa nosso manto como ‘segunda pele’, levou ao messias uma camisa (primeira pele) e, pior: o messias vestiu nossa única pele...

O que para você é segunda pele, para nós é única pele, Marcelinho. Entenda isso, vez por todas e todas as vezes que alguém lhe criticar por levar, para um fascista, o manto inicialmente anarquista, desenhado à luz dos lampiões...

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Lá, no Bom Retiro, cinco trabalhadores (Joaquim Ambrósio, Antônio Pereira, Raphael Perrone, Anselmo Correa e Carlos Silva) se juntaram para dar vida ao que hoje impulsiona nossas vidas. 

Como imaginar qualquer cenário menor para estes cinco visionários? Você conseguiu ao apequenar nossa origem, Marcelinho, levando a camisa ao messias. Não vos apressais, fascistas, lembrando que outros presidentes (Lula, o extraordinário) vestiram o manto, que Lula sempre foi Corintiano, ao passo que o messias é uma mistura de Flamengo com Palmeiras, o que dá um assado basco – ou catalão – que a nós não diz nada a não ser o adversário a ser batido. 

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Mas não é esse o ponto, todavia.  O que pega é o fato da Fiel (com o reconhecido e reverenciado apoio, na avenida paulista, da torcida fiel e grandiosa do Palmeiras) ter lacrado um basta, criando um movimento antifascista...

Nenhuma torcida fez isso no país, Marcelinho. A Fiel o fez...

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Você, Marcelinho, não poderia desconhecer este fato – a não ser estivesse abduzido – afinal, quem tem a pele (ainda que segunda) não poderia ter a desconsideração.

Nem se atrevam a dizer que torcedor democrata não se curva a disputa política que não se tratam de questões democráticas pontuais em face das preferências de uma torcida que estamos a falar, mas sim da torcida pela sobrevivência da própria democracia, suposto que a ditadura do pensamento único que tutela as falsas maiorias não é senão a sala de visitas do fascismo, cuja treva civilizatória os lampiões iluminaram naquele dia secular no Bom Retiro, ao criar o nosso Corinthians...

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Marcelinho, teu gesto negou a luz, negou os lampiões e a grandeza civilizatória que pavimentou a maior torcida do mundo, em um mundo onde os sorrisos não cumprem a história, ainda que sejamos todos gratos pela paixão nascida na benção do jogo de bola.

Você pode usar o manto enquanto segunda pele Marcelinho, mas não poderia, jamais, desconhecer nossa origem. Triste Marcelinho... 

Você diminuiu imensamente os reflexos extraordinários de nossa história, justamente porque você, mais do que Jacenir ou que Guinei não poderia desconhecê-la – afinal a Fiel sempre gritou Uh Marcelinho, Uh Marcelinho. 

A Fiel nunca gritou uh Jacenir...

Há ganhos políticos que são perdas civilizatórias. Você ganhou uma mídia fácil, mas perdeu demasiado de nossa paixão e respeito, ainda que tenha bem salvo o reconhecimento do que você fez em campo, posto que tua magia é imorredoura. 

Tua magia é eterna. Você é passageiro e, enquanto borlista do trem do destino, não será mais do que o artífice político ocasional que deu pérola a um porco.

Pior, Marcelinho, é que o político que lhe habita não será lembrado senão pelos que sofreram com teu talento – justamente os adversários e rivais que jamais reconheceram a grandiosa e sagrada origem do Timão (no Bom Retiro e à luz dos lampiões). 

Essa lembrança, Marcelinho, não lhe trará senão os votos que um dia foram do Cacareco – e nós sentimos imenso por isso, conquanto você merecia muito mais. Tanto que nosso coração não gostaria de escrever o óbvio: Você que sempre honrou o manto, negou nossa história levando o manto para um fascista vestir.

Perceba que não discutimos o fato do messias ser palmeirense ou flamenguista (ou os dois, que o flamengo sempre contabiliza torcida outra, que lhe tem simpatia, como sua); o que se critica aqui é o fato do ex atleta e ídolo possibilitar a um fascista um momento que nega a história do Corinthians, no uso do manto alvinegro...

Imaginem hitler com uma imagem da virgem Maria, propagandeando união dos povos e respeito às minorias,  a diversidade étnica e à mulher. Seria isso possível? 

Obrigado e tchau Marcelinho. Você que honrou o manto até então, cuspiu na história que cerziu o manto. 

Vai Corinthians!

Tristes e usados trópicos. Meu amado pai, Corintiano de sempre, vivo estivesse me relembraria: ‘filho, ele é bom, muito bom. É craque, mas não engraxa a chuteira do Luizinho’ (polegar, eu te amo!).

Obrigado Morais Moreira, Aldir Blanc, Elis Regina, Linda Lovelace, Tim Maia, Martin Luther King, Luiz Trochilo, Charles Chaplin e a tantos outros que, Corintianos (Luizinho seguramente o era) ou não, nunca passaram pano para fascista. 

É nóis, apesar do Marcelinho e, também por causa dele. Haja Rivotril...

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