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Valéria Guerra Reiter

Escritora, historiadora, atriz, diretora teatral, professora e colunista

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Não há chuva que segure o Carnaval da resistência!

O governo brasileiro chama o povo do nordeste de “cabeças-grandes”, debocha e ri destes geniais nordestinos, povo suprassumo de resistência em um país que nos deu um dos mais eminentes representantes: Luís Inácio Lula da Silva. E caso não tivéssemos o carnaval, resistir a este fascismo verde e amarelo seria quase que impossível

(Foto: Reprodução)
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Kronias, Saturnais, foram festividades gregas e romanas respectivamente onde os escravos ocupavam o nicho de seus senhores, se travestindo com a alegria carnavalesca da celebração.

Bem, a palavra carnaval vem do latim carnem levare, que significa: “se livrar da carne”– e na pele de entrudo; que significa princípio, início, começo; a festa com o mesmo nome ocorria durante três dias antes do inicio da Quaresma, e foi introduzido no Brasil pelos portugueses no século XVI.

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Será que estas criaturas sempre desejaram “sua libertação de todo tipo de repressão” e por isto teriam que idolatrar a um deus (só seu) e particularmente mais justo que o apregoado pelo mundo religioso. E foi ansiando por uma condição mais digna que homens e mulheres pulavam e atiravam água uns nos outros, ou mesmo urina, para esquecer das injustiças seculares.

O sagrado e o profano (apêndices necessários) a um Sistema Instituído ( sempre teve sede de controle) sobre as vidas incautas de um turbilhão de seres (organizados quimicamente) para a reprodução quase (compulsória) em suas humildes vidas irrisórias, e que precisam oscilar entre: gargalhar nos Entrudos, e labutar como (pecadores) após a Quaresma...

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A tradição de comemorar com alegria o tempo que antecede a Quaresma foi dividida em Familiar e Popular, e grandes bonecos comemorativos chamados de entrudos feitos de madeira e tecido transitavam entre os foliões brasileiros; porém no século XIX, os governantes iniciaram a caça aos carnavalescos do Entrudo que já vinha sendo perseguido desde que começou no Brasil – e no de 1854 foi praticamente proibido. 

Toda a perseguição sofrida pela festa popular adveio principalmente do fato de esta ocorrer entre os escravos coloniais, que mantinham a tradição portuguesa acesa – o fazer de conta para esta camada oprimida e relegada da população mascarava a dor cruel da escravidão com a fantástica animação.

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A festa da mudança onde os papéis se invertem na sociedade, sempre fez parte da vida das pessoas – e faça chuva, faça sol; sob chicote, ou através dos olhares repletos de animosidade dos falsos evangélicos: o povo brasileiro em 2020 continua a reverenciar os deuses da felicidade e da liberdade carnavalesca da tradição popular.

O governo brasileiro chama o povo do nordeste de “cabeças-grandes”, debocha e ri destes geniais nordestinos, povo suprassumo de resistência em um país que nos deu um dos mais eminentes representantes: Luís Inácio Lula da Silva. E caso não tivéssemos o carnaval, resistir a este fascismo verde e amarelo seria quase que impossível.

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#CARNAVALDARESISTÊNCIAÉPRECISO

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