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Sandro Cezar

Presidente licenciado da CUT-Rio

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Não se iluda: ninguém está a salvo

"Estamos mesmo em lados opostos? Os impactos desse desgoverno afetam apenas os opositores? Ninguém está a salvo quando o governo não se importa com o seu povo"

(Foto: ABr | Reuters | Ricardo Stuckert)
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Vai ter golpe neste 7 de setembro? A pergunta circula nas redes e na boca do povo. Há quase 200 anos, a data entrava para a história como o dia da Independência do Brasil. Apesar das dúvidas sobre o que de fato ocorreu no 7 de setembro de 1822, esse sempre foi um dia que, antes da pandemia, era celebrado não só com desfiles militares, mas também, e principalmente para nós, com manifestações dos movimentos sociais. 

Há 27 anos o Grito dos Excluídos fazia sua primeira mobilização e segue vivo desde então. O lema em 1995 parece ter sido feito para 2021: “A vida em primeiro lugar”. Este ano, não abriremos mão de ocupar as ruas com esse grito urgente. Temos a pandemia, que nos tirou quase 600 mil vidas, mas temos principalmente um governo incompetente que não soube enfrentar a situação gravíssima e não toma nenhuma medida para aplacar a fome e a miséria, enfrentar o desemprego e o caos em que vivemos. Esse governo assassino promete ir para as ruas armado, incentiva a compra de fuzis e o ódio. Sim, eles tentam vender a ideia do país dividido, mas têm menos de 30% de apoiadores. 

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Estamos mesmo em lados opostos? Os impactos desse desgoverno afetam apenas os opositores? O convite é para reflexão. A Covid-19 dizimou famílias de todas as posições políticas e classes sociais. O aumento do combustível afeta os que apoiam Bolsonaro, vão abastecer o seu carro do ano, sua lancha, mas também quem ganha a vida como motorista de aplicativo, usa transporte público ou não consegue comprar o gás de cozinha quando o botijão acaba. O preço dos alimentos leva ao desespero quem não tem como alimentar os filhos, também deixa mais pobre e menos prazerosa a refeição de grande parte da população. O desemprego tem levado sofrimento às classes populares, mas também à classe média. A alta da energia tem impacto gigantesco nas famílias já sem condições de pagar as contas, mas não alivia empresários sufocados pela crise. 

Ninguém está a salvo quando o governo não se importa com o seu povo. Sim, quem é mais pobre sofre mais, é levado ao limite e, não raramente, à morte por fome, doenças, desespero. Os milionários seguem tranquilos, mas, fora isso, todo o país sofre. Bolsonaro nos distrai com falas absurdas, desfiles mequetrefes, enquanto está atolado, junto com os filhos, em corrupção e o país agoniza. Ele nos ameaça com golpe. Estratégia das mais baixas.

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Apesar do temor de muitos, expresso nas perguntas que iniciam esse texto, estaremos nas ruas no dia 7. Por quê? Porque não podemos nos calar diante de tudo o que o Brasil atravessa. Porque a vitória na derrubada da Reforma Trabalhista é a prova de que os parlamentares respondem quando pressionados. Porque é preciso ter coragem para defender nossos princípios. E porque entendemos que não há dois lados iguais, há só uns poucos que se pautam no ódio, contra uma maioria da população que quer ter direito à dignidade e está em sofrimento. Vamos para estar com os que há tanto tempo se unem no Grito dos Excluídos e juntos repetir: “A vida em primeiro lugar”.

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