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Luciano Teles

Professor adjunto de História do Brasil e da Amazônia da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e autor de artigos e livros sobre a história da imprensa operária e do movimento de trabalhadores no Amazonas.

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O ataque aos professores

Os esforços desse (des)governo voltados para a educação é de agressão e destruição. O que se quer? Pensamento único, submissão e obediência? Para quê? Para um projeto elitista, racista, sexista e contra a diversidade e os setores populares e pobres?

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Em artigo na Folha de São Paulo, publicado em 27 de julho de 2020, Demétrio Magnoli atacou os professores de São Paulo e do país, dizendo que os profissionais da educação deveriam voltar imediatamente a dar aulas, que os seus sindicatos eram corporativos e que os professores, ficando em casa, emitiam um recado a todos: que eram “recalcitrantes” e, com isso, prejudicavam uma enorme quantidade de alunos que sem aulas teria prejuízos incalculáveis. Ele culpa os professores (e não as ações do desgoverno) pela ausência de aulas e pelos prejuízos futuros aos alunos. 

Alguns meses depois, Augusto Nunes, no seu facebook, no dia 6 de fevereiro de 2021, desferiu ataques violentos aos professores, escrevendo em alto e bom tom que estes profissionais da educação não queriam retornar as escolas por “preguiça” e “excesso de vagabundagem” e que muitos deles eram “petistas” e “esquerdistas” que se escondiam por trás da referida profissão. 

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Além de Magnoli e Nunes, há outros personagens que não poupam palavras chulas e ataques direcionados aos professores, em nível superior e básico. E isto não é de agora. Vamos lembrar do ex-ministro da educação, Abraham Weintraub, que não cansou de falar que nas universidades reinavam as “balbúrdias”, a “doutrinação” e até mesmo a “produção de drogas” em laboratórios para “consumo interno”. O próprio governo, não só em palavras, mas em ações específicas (como, por exemplo, o corte de verbas das universidades e dos centros e institutos de pesquisa), vem desmontando a pesquisa e a ciência no país.

Portanto, tais ilustrações bastam para assinalar que nessa conjuntura atual os professores são inimigos e devem ser atacados e sufocados, sobretudo aqueles que prezam em qualificar as suas aulas no sentido de fomentar um pensamento crítico-social. Os esforços desse (des)governo voltados para a educação é de agressão e destruição. O que se quer? Pensamento único, submissão e obediência? Para quê? Para um projeto elitista, racista, sexista e contra a diversidade e os setores populares e pobres?

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Os professores, e a sua atuação nos espaços escolares de diferentes níveis, são fundamentais para um país que se preocupa com a sua população, com a produção e distribuição de riquezas e com a soberania nacional. Formação humana e profissional, avanço da ciência e das tecnologias só são possíveis pela ação dos professores, estes são peças chaves do desenvolvimento nacional. Num país sério e comprometido com a sua população, os professores são respeitados, protegidos e valorizados. Não é o caso do Brasil, especialmente na atual conjuntura.

Os professores aqui, além de insultados e desvalorizados por este (des)governo e seus porta-vozes na imprensa corporativa (como Magnoli e Nunes), não possuem  auxílio pré-escolar, auxílio funeral, ajuda de custo para mudança, gratificação por exercício cumulativo, auxílio educação (para pagas escolas dos filhos), gratificação por encargo de cursos (para participar de cursos de capacitação), dentre outros benefícios como os juízes têm. Os professores não têm auxílio paletó ou qualquer tipo de verba extra. 

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Enfim, os professores contam com a sua remuneração, insuficiente para ter uma vida mais tranquila, que dirá para as questões profissionais. E, mesmo assim, com seus esforços, ainda divide o que ganha com a escola e com os seus alunos, comprando materiais pedagógicos e promovendo atividades para qualificar as suas aulas e os seus projetos educacionais.

E agora, além de insultados e desvalorizados atualmente, este (des)governo e seus defensores querem que os professores, aqueles que ainda estão vivos (porque muitos infelizmente faleceram em função do Covid-19), sejam jogados em direção ao vírus mortal.

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Magnoli e Nunes querem matar os professores! 

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