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Audi Roberto Rodrigues

Graduando em História na Universidade Estadual da Paraíba. Membro do Núcleo de História e linguagens contemporânea

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O Brasil dos extremos: a pluralidade da extrema direita nacional

Conjunto de ideias extremistas levou nosso país ao caos

(Foto: Ag. Brasil)
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O estudo do tempo-presente é um desafio para os historiadores, de certa forma por impossibilitar em muitos casos, uma leitura de totalidade e sem adentrar em paixões ideológicas que inviabilize um grau de distanciamento de seu objeto. No entanto, o objetivo do texto é demonstrar as amplas características que se pressupõem o que muitos chamam de: “Extrema direita, Bolsonarismo, direita-radical”, evidenciando-se seus pontos ideológicos nas mais diferentes áreas. É interessante perceber a pluralidade de tais movimentos e sua infinita capacidade de adentrar no seio da nossa sociedade e realizar todas mazelas conhecidas. Suas faces autoritária, reacionária e preconceituosas gozou de um sucesso tremendo em não apenas fazer parte do debate político nacional, mas também tornar uma espécie de seita e culto ao seu líder, o que há alguns anos atrás era inimaginável. Foi nesse conjunto de dogmas e fanatismo que a extrema direita tomou forma no Brasil e capturou para ela tudo de há de pior no discurso e pratica política. Fomentando o ódio, a intolerância e jogando nosso país em um obscurantismo nunca visto deste da proclamação da república em 1889. 

O primeiro ponto que merece destaque, é sua face religiosa e a intima relação com parcelas da comunidade evangélica. Perdemos as contas as vezes que Bolsonaro ou um de seus apoiadores “conjurou” termos como: “Deus, Pátria família. Ou o famigerado bordão – Brasil a cima de tudo e Deus a cima de todos”. Foram sendo usados para enfatizar uma suposta guerra contra uma esquerda diabólica e que supostamente queria a destruição da família “tradicional”. Evidentemente, que não passa de um discurso falso e com teor moralista para amedrontar essa camada da sociedade que tem como essencial subjugar os valores morais para escolherem determinados candidatos e nada melhor que demonizar a esquerda para angariar esse apoio, isso foi feito com muito sucesso por essa extrema direita. Foi assim, que paulatinamente os extremistas foram se apropriando desse discurso voltado para temas religiosos e que afeta a fé de várias pessoas, para conseguir apoio político e jogar o Brasil na maior crise institucional e política deste da redemocratização. 

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O segundo, poderíamos agrupar em 2 camadas da sociedade: alguns militares – sobretudo da reserva e Policiais Militares. Os últimos, ficaram conhecidos alguns que abertamente defendiam pautas extremistas, como o PM Gabriel Monteiro que depois foi acusado e preso por crime de punho sexual. Durante esses 4 anos foram casos e casos de desobediência por parte de soldados que incentivados por Bolsonaro descumpriam ordens de seus superiores, como os governadores estaduais- sendo bem comum durante a pandemia. Fazendo-se uma questão central para o Governo federal atual : a “des-bolsonarização” das Policias. As forças armadas também deram sua contribuição para radicalização de alguns setores da extrema direita- mesmo não sendo generais da ativa- muitos reservistas ou coronéis eram frequentemente visto em manifestações golpistas, sobretudo no último biênio 21-22. Tendo como atribuição inflamar os apoiadores mais eloquentes para conseguirem o que tanto queriam: uma ruptura institucional. 

Por último, mas não menos importante, o papel que as redes sócias tiveram na ampla disseminação de notícias falsas que colaboraram para construção de uma realidade paralela que procurava de todo modo, legitimar as atrocidades que o governo do Jair cometeu. Existem vários estudos que comprovam a magnitude e o número de pessoas que receberam tais notícias. O disparo de fake News que já foi bastante utilizado pela campanha de 2018, se intensificou em 2022 e quase levou a reeleição do ex-presidente. Obviamente, não me adentrei em questões mais profundas e que requer pesquisas mais avançadas spbre essas “camadas’ do Boslonarismo, mas nos serve para uma reflexão de como ele foi se moldando e conseguindo legitimidade perante grande parte da classe média, dos jovens, de policias, etc. 

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Por fim, o que devemos considerar aqui é que esse conjunto de ideias extremistas levou nosso país ao caos- vide o dia 8 de janeiro- e só não nos colocou em uma situação mais grave de perdas de garantias institucionais graças a carta magna de 1988 e a sociedade civil, que organizada colocou para o porão da história, essas pessoas que tanto mal fizeram ao nosso país. Em suma, é com a defesa das instituições democráticas, o estado de direito e as liberdades que iremos construir um Brasil melhor e mais justos para todos.

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