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Enio Verri

Deputado federal pelo PT-PR

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O Brasil é maior e melhor que os Bolsonaro

O Brasil é quem deve ser salvo de uma família obstinada em fazer dele um espaço para realização de seus interesses escusos. A já anunciada crise humanitária só não será maior sem a presença de Bolsonaro na Presidência. Impeachment já

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É muito complicado analisar os absurdos do governo Bolsonaro sem considerar a sociedade que o tolera. Os mais de 30 pedidos de impeachment contra o presidente, que dormitam na Câmara dos Deputados, contêm todos os absurdos cometidos pelo mandatário do País, não apenas passíveis, mas absolutamente justificáveis para o afastamento que salve o Brasil de sofrer o maior genocídio da história, porque uma família tresloucada assim o decidiu. Desde a posse de Bolsonaro, não se encontra uma medida, um gesto de estadista em que os interesses do Brasil e dos brasileiros estejam em primeiro lugar. Todas as medidas que o governo enviou ao Congresso foram feitas para proteger os privilégios da classe dominante e suprimir direitos básicos da classe trabalhadora.

Pelo desenrolar das histórias da vida política da família, desde quando Bolsonaro pai foi um parlamentar municipal, nota-se que a conturbação e a prática de malfeitos são os combustíveis do clã, que não apareceu na política, apenas em 2018. O agora presidente, foi parlamentar por quase 30 anos. Com exceção dos dois filhos mais novos, os demais ocupam cargos que dependem do voto popular. A família, apenas, não teria poder para tanta destruição não fosse o apoio social às suas ideias autoritárias, enviesadas sobre direitos e eivadas de uma estrutura de preconceitos legitimados pela classe dominante, como racismo, aporofobia, xenofobia, entre outras condutas absolutamente dissonantes com o cargo que ocupa e, ao mesmo tempo, despreza. A ascensão do Bolsonaro não seria possível sem uma histórica despolitização nacional, da qual se aproveita os conglomerados de comunicação, comprometidos com a narrativa de uma elite tosca e ignara.

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O pouco apoio que Bolsonaro ainda tem se perde à medida em que a doença avança e os mortos passam ser os rostos dos familiares e amigos. O Brasil não pode esperar uma catástrofe humanitária para decidir sobre um presidente cujas medidas não são outras senão as de aniquilamento sanitário e econômico da maior parte da população. Cada morte que as negligência e omissão de Bolsonaro produzem deve ser multiplicada pela indignação das milhares de famílias que perdem seus entes e suas histórias. Infelizmente, a falta de apoio popular é inversamente proporcional ao apoio da classe dominante às políticas do ministro da Economia, Paulo Guedes, de supressão de direitos fundamentais e da soberania. Está se formando mas, ainda não há, no Congresso Nacional, força política para retirar Bolsonaro porque o mercado financeiro lucra com as políticas erráticas e protetoras da concentração de renda e tem em Guedes a esperança de ver o Brasil privatizado.

Dias difíceis para quem, até há pouco tempo, tinha se livrado das garras do FMI. O Brasil teve um governo que destinou 75% e 25% dos royalties da sua grande reserva petrolífera, o pré sal, para a educação e a saúde, respectivamente. O país que chegou a ser 6ª economia mundial, nos governos Lula e Dilma, retrocedeu a pária do mundo, onde as relações são possíveis somente por meio do favorecimento da classe dominante, em detrimento da maioria da sociedade, que vive com R$ 415 por mês. O pleno emprego, o ingresso de filho de pobre nos espaços de decisão política, a construção de acelerador de partículas, a transposição do Rio São Francisco, ou o acesso de milhões de pessoas à moradia própria, à água e luz, são condições e realizações que o Brasil pode voltar a ter e fazer, uma vez que já mostrou ser capaz para tal. Porém, para isso, é vital se livrar de Bolsonaro, que não tem outra intenção senão a de destruir este País.

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Segundo dados oficiais, o Brasil tem mais de um milhão de infetados e o número de mortos já passa de 50 mil. Devido à subnotificação, a quantidade de contaminados pode ser multiplicada por 10. Os números poderiam ter sido menores se Bolsonaro tivesse investido mais do que apenas 11% do autorizado pelo Congresso Nacional e ainda não houvesse milhões de brasileiros sem receber o auxílio emergencial, de R$ 600. O Brasil e os brasileiros não são as prioridades do presidente e do ministro Guedes, cujo interesse está em colocar granada no bolso do servidor público e deixá-lo por dois anos sem aumento; deixar morrer as micro e pequenas empresas para salvar e ganhar dinheiro com as grandes companhias. O Brasil é quem deve ser salvo de uma família obstinada em fazer dele um espaço para realização de seus interesses escusos. A já anunciada crise humanitária só não será maior sem a presença de Bolsonaro na Presidência. Impeachment já.

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