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Arthur Virgílio Neto

Diplomata, foi deputado federal, senador, líder por duas vezes do governo Fernando Henrique Cardoso, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, líder das oposições no Senado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e três vezes prefeito da capital da Amazônia - Manaus.

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O Brasil precisa de expectativas

O Brasil precisa de esperança. Precisa de um novo governo que traga na bagagem o saber fazer, o saber organizar as contas, controlar a inflação

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Na última semana, os órgãos oficiais de pesquisas econômicas admitiram que o Brasil está em recessão técnica. Isso porque, nos últimos seis meses consecutivos, houve queda na produção de bens e serviços no país, ou seja, houve queda do Produto Interno Bruto (PIB) e a economia está encolhendo. Outros órgãos, como a Fundação Getúlio Vargas, por exemplo, vão mais fundo na análise e afirmam que o Brasil está em recessão desde março de 2020. De qualquer forma, isso significa menos emprego, menos renda e qualidade de vida para a população e os negócios enfrentam momentos complicados.

As análises também apontam o crescimento da inflação, superando a faixa de 2 dígitos, nos últimos 12 meses. É o combustível, a energia elétrica, o gás e o aumento acelerado no preço dos alimentos que vêm agravando a alta da inflação. Minha intuição diz que superará os 12% e desses, 2% serão pagos pela classe média, 10% pelos mais pobres e zero para os mais ricos, que têm meios de enfrentar esse momento com tranquilidade, sem mexer em nada no seu patrimônio. No bolso do mais pobre, pesa o preço dos alimentos e ele não tem como fugir disso.

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O governo brasileiro acena para os mais pobres com o aumento do auxílio, que a curto prazo pode trazer a sensação de que as coisas podem melhorar, mas no médio e longo prazo, vai provocar mais recessão, mais inflação, mais desemprego, além, é claro, da completa desorganização das contas públicas. Para quem vai receber o benefício será bom, em um primeiro momento, mas os R$ 400 do primeiro mês não serão os mesmos no segundo, terceiro e assim por diante, frente à inflação que avança.

Já disse antes e repito: a economia vive de expectativas. E se a expectativa é ruim, o resultado pode ser bem pior. Nesse cenário, param os investimentos, o consumo é brecado tanto pela alta dos preços quanto pela falta de dinheiro circulando; os empregos, que são insuficientes, minguam ainda mais. É o círculo de retroalimentação da economia. As expectativas para o final do ano são ruins e para 2022 são ainda piores.

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O Brasil precisa de esperança. Precisa de um novo governo que traga na bagagem o saber fazer, o saber organizar as contas, controlar a inflação, executar a Lei de Responsabilidade Fiscal, reduzir despesas e aumentar capacidade de investimento, saber conciliar o bom desempenho da economia com a sensibilidade social. O Brasil precisa de esperança, boas expectativas e foco na retomada econômica.

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