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Jair de Souza

Economista formado pela UFRJ, mestre em linguística também pela UFRJ

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O documentário 'A História Sionista' e as lições do atual momento

(Foto: Divulgação)
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Neste momento em que o nazismo está na ordem do dia dos debates políticos no Brasil, a questão do antissemitismo (em seu significado equivalente à aversão aos judeus) também entrou em pauta.

Porém, cabe perguntar: Como se manifesta na prática o nazismo nos dias de hoje? Quais são os alvos e vítimas preferenciais dos nazistas da atualidade?

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Evidentemente, há várias narrativas em disputa quanto a isto.

Para os sionistas (incluindo os autodenominados “sionistas de esquerda”), o nazismo continua sendo em essência uma ideologia que visa, em última instância, a aniquilação do povo judeu. Em razão disto, para os sionistas de todas as variantes, o fator fundamental para impedir a continuidade do massacre e a eliminação total dos judeus é a existência e o fortalecimento do Estado de Israel nos moldes como ele foi criado em 1948, e vem existindo desde então.

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No entanto, chega a ser curiosa a coincidência de que as declarações sobre o nazismo de Kim Kataguiri e do tal Monark tenham sido feitas no exato momento em que vem à luz um relatório da organização Anistia Internacional que expõe de maneira amplamente documentada o sistema de apartheid praticado em Israel contra os habitantes palestinos.

Embora o apartheid seja uma das formas como o nazismo se expressa na vida política real, o resultado das declarações da dupla citada foi o de estender e realçar a condição dos judeus como vítimas exclusivas e eternas do nazismo. Ou seja, em lugar de estarmos discutindo em detalhes os crimes de apartheid que o relatório da Anistia Internacional trouxe à baila, estamos centrados na condenação ao antissemitismo em sua versão kataguiri-monarkiana. E isto a despeito de que os dois sejam reconhecidamente apoiadores do Estado de Israel e de suas políticas em relação ao povo palestino.

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Em vista do acima exposto, creio ser de muita relevância voltar nossos olhos ao documentário “A História Sionista”, produzido por Ronen Berolovich, um ex-soldado das forças armadas do Estado de Israel que atuou na ocupação de áreas habitadas por palestinos.

No decorrer do documentário, vamos poder entender como se deu a construção do Estado de Israel às custas do povo palestino como forma de pagar pelo monstruoso crime que os nazistas da Europa tinham cometido. Ou seja, os habitantes históricos da Palestinas foram escolhidos para expiar a culpa da barbárie e monstruosidade que os nazistas europeus tinham praticado contra todos os considerados indesejáveis naqueles tempos às vésperas da II Guerra Mundial. Foram dezenas de milhões de vítimas, incluindo comunistas de todas as vertentes, ciganos, homossexuais, além, é claro, de cerca de seis milhões de judeus.

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