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Pedro Augusto Pinho

Avô, administrador aposentado

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O mundo que nos aguarda chegou nos anos 1980

Os netos de meus netos, se ainda houver Brasil e o ensino de História – breve parênteses: os golpistas de 2016 já procuram eliminar esta perigosa disciplina dos currículos estudantis – talvez aprendam que, no século XX, os então denominados estados nacionais foram substituídos por Departamentos do Império da Banca que domina quase todo o planeta

Boneco de neve em frente a Casa Branca, em Washington. 25/01/2016 REUTERS/Kevin Lamarque (Foto: Pedro Augusto Pinho)
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Há um esforço da nova potência imperial para que não a desvendemos. Os impérios sempre foram cruéis, arbitrários e destruidores dos povos. Onde estão os lígures, os filisteus, os etruscos, os fenícios? Destruídos pelos impérios persa, romano, muçulmano. Onde está o poderoso Reino Bantu, o aguerrido Império Ashanti, destruídos por colonizadores europeus.

Na época dos estados nacionais, que nos ensinaram nos bancos escolares, os impérios não eram mais identificados pelas etnias, religiões mas pelas nacionalidades.

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Tínhamos o enorme Império Britânico, onde o sol nunca se punha, o Império Francês, o Holandês, o Japonês que se espalhavam destruindo economias, populações e línguas e culturas.

Kim Il Sung, que libertou a Península da Coreia da dominação japonesa e venceu o Império Estadunidense em 1953, escreve no seu livro de memórias que os japoneses obrigavam os coreanos a trocar seus nomes próprios por nomes japoneses. O máximo em despersonalização do colonizado.

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Mas a condição imperial de hoje é diferente. Os netos de meus netos, se ainda houver Brasil e o ensino de História – breve parênteses: os golpistas de 2016 já procuram eliminar esta perigosa disciplina dos currículos estudantis – talvez aprendam que, no século XX, os então denominados estados nacionais foram substituídos por Departamentos do Império da Banca que domina quase todo o planeta. Mas sempre haverá, como no “1984”, de George Orwell, ou no “Admirável Mundo Novo”, de Aldous Huxley, uma Eurásia, em luta com a Oceania, ou os recitadores de William Shakespeare.

A banca é como denomino o sistema financeiro internacional, as famílias que dominam as finanças do mundo. Seu número é incerto, não só pela estratégia da invisibilidade que elas adotam, como pelo objetivo permanente da concentração de renda.

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O título deste artigo foi parcialmente tirado de um romance de ficção científica, pois o que nos está acontecendo é tão incompreensível para muitos que parece ser um mundo ficcional. E aproveito então, como na criação de Isaac Azimov, para enunciar não as leis da robótica, mas da banca.

A primeira é dominar toda atividade econômica para transferir seus ganhos para o sistema financeiro. A segunda é promover sempre e sistematicamente a concentração da renda.

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Vamos a um exemplo. Qual seria o interesse dos que nasceram e moram nos Estados Unidos da América (EUA) em promover uma guerra na Ucrânia, que, provavelmente, tenha até sua existência desconhecida pela maioria absoluta da população?

Mas sendo o Departamento de Ações Bélicas e Insuflador de Revoltas da banca, os EUA estavam cumprindo as determinações superiores (sic).

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Do debate para a eleição de Presidente da França, no segundo turno, o jornalista Marcos de Oliveira, do Monitor Mercantil, extraiu uma frase reveladora proferida por Marine Le Pen: “seja como for, a França vai ser dirigida por uma mulher: ou sou eu ou é a senhora Merkel”, a premier alemã. Além da ironia com que agrediu seu adversário, a candidata francesa mostrou a Departamentalização da Gestão da Banca. Cabe ao Departamento chefiado pela “senhora Merkel” a condução dos negócios da banca na parte continental do ocidente europeu. Tanto é verdade que, não faz muito tempo, o Governo Português, após a aprovação do orçamento pelo Congresso Nacional e antes de colocá-lo em vigor, foi submetê-lo à Premier germânica. O mesmo foi feito, contrariando a votação popular, por Aléxis Tsípras, Primeiro-Ministro da Grécia. E continuaria com outros exemplos.

Aqui, no Brasil, a banca, que havia lançado tantos papéis pelo mundo cujo resgate é verdadeiramente impossível, que corretamente chamaríamos de mico, incumbiu o Departamento EUA de promover um golpe para se apossar da riqueza única do pré-sal, uma Arábia Saudita submersa de petróleo de alta qualidade, pronta para a produção pela capacidade técnica da Petrobrás. E com o melhor aproveitamento do golpe (lembrem-se da primeira lei da banca), retirar direitos trabalhistas e previdenciários dos brasileiros para aumentar seus ganhos financeiros. O que está sendo destruído tanto no trabalho como na vida de todos nós, os nacionais, é a consequência da ação imperial, como em todos os tempos.

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Recentemente li de pessoas cultas que a ameaça do Departamento EUA à República Popular Democrática da Coreia (RPDC) era para a banca negociar com a República Popular da China (RPC). Talvez seja a farsa que a banca pretende difundir. Quem conhece a História da Coreia, que por toda existência conviveu com dois grandes impérios fronteiriços, o Russo e o Chinês, e, por meio século, sofreu a ocupação do japonês, sabe que prevalece na RPDC um sistema autárquico, que objetiva a independência em relação a qualquer império, ainda que, em determinados momentos históricos, se apresente como aliado.

Temos então a configuração do mundo atual: o Império do Sistema Financeiro Internacional, com seus departamentos operacionais, quer no critério funcional quer no geográfico, ou seja da área de atuação, e de outro lado os remanescentes dos Estados Nacionais, como o Estado Plurinacional da Bolívia, a RPDC, a República de Cuba, a Federação Russa, a República Islâmica do Irã e todos aqueles que a “grande” imprensa, os órgãos para desinformação e de propaganda da banca, permanentemente, agridem, divulgam mentiras, acusam seus dirigentes e tentam nos convencer que são eles o “reino do mal”.

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