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Ricardo Nêggo Tom

Cantor, compositor, produtor e apresentador do programa Um Tom de resistência na TV 247

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O racismo à espanhola de Carla Zambelli e o seu instinto assassino diante de um homem preto

Carla Zambelli e o racismo precisam perder os seus mandatos. Chega desse banditismo bolsonarista promovendo a destruição do País

(Foto: Reprodução)
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A regra é clara e não vamos perder tempo com as tergiversações da criminosa e com os argumentos pífios de bolsonaristas que saem em sua defesa. O que se viu nas ruas de São Paulo na tarde deste sábado foi um crime de racismo, seguido de uma tentativa de assassinato. E ambos cometidos pela deputada federal Carla Zambelli e por seus comparsas, que, ao que tudo indica, eram policiais que faziam a sua escolta na saída de um restaurante nos jardins da cidade. Como mentir está na essência dos bolsonaristas, Carlita pistoleira criou a narrativa de que teria sido agredida por um petista, o que teria motivado a sua desequilibrada reação. No entanto, os vídeos que circulam pelas redes sociais mostram Zambelli e sua patota miliciana discutind o com dois homens. Um deles, e o principal alvo da deputada, um homem preto.

Em nenhum momento é possível ver qualquer tipo de agressão sendo dirigida contra Carla Zambelli. O que se vê, são ofensas e xingamentos de teor político direcionados contra o grupo da deputada, motivados pela inevitável polarização estabelecida entre petistas e bolsonaristas. Um homem branco não identificado e o homem preto, posteriormente reconhecido como Luan Araújo, jornalista e membro da torcida organizada democracia corintiana, diz a Zambelli e sua tropa que Lula vencerá as eleições e que eles voltariam de volta para o bueiro de onde nunca deveriam ter saído. É possível observar que Luan, apesar do calor da discussão, está o tempo todo com as mãos para trás, talvez, por j á conhecer o mau-caratismo da deputada bolsonarista e temer que ela forjasse sofrer alguma agressão por parte dele. O que, de fato, viria a acontecer.

A baba-ovo oficial de Jair Bolsonaro então começa a provocar Luan e manda ele repetir os xingamentos que estavam sendo dirigidos aos homens de sua equipe, para acusa-lo de estar agredindo verbalmente a uma mulher. O que se vê na sequência é uma cena patética na qual Zambelli, após ouvir um “te amo espanhola”, em referência aos tempos em que era prostituta na terra da paella, tenta partir para cima de Luan Araújo, se desequilibra e cai sozinha, sem que tenha sido tocada por ninguém. O juiz nem precisaria pedir o auxílio do VAR para deixar o jogo seguir. E ainda lhe daria cartão amarelo por simulação. A essa altura, o homem branco que estava junto com Luan não é mais visto nas filmagens e ele come&ccedi l;a a sofrer uma verdadeira perseguição pelas ruas de São Paulo, tendo armas apontadas em sua direção. E uma dessas armas era portada por Zambelli, que parecia ter encarnado uma versão feminina de Roberto Jefferson.

Um tiro foi ouvido, e parece ter sido disparado pela deputada federal contra Luan, o homem preto alvo do racismo e da sanha assassina da mais fiel aliada de Jair Bolsonaro. A meliante parlamentar não fez questão de esconder que a perseguição a Luan foi motivada por racismo, ao declarar em entrevista que "usaram um negro para cima de mim", sugerindo que a intenção era força-la a manifestar o seu racismo, como de fato o fez. Nos últimos dias do bolsonarismo no comando do país, o desespero tomou conta da horda diabólica que apoia o atual presidente. Evocando o funk do Bonde do Tigr&at ilde;o, eu poderia dizer que eles estão descontrolados. Porém, não cabe licença poética quando estamos falando de crimes contra a vida que vêm sendo praticados sistematicamente pelos bolsonaristas e que são legitimados pelo mito que eles idolatram.

Carla Zambelli é racista e assassina, com o perdão do pleonasmo. Seu mandato de deputada federal, que nunca deveria ter acontecido, deveria ser sumariamente cassado e ela imediatamente presa por tentativa de homicídio. Sem falar que a pistoleira bolsonarista descumpriu uma resolução do TSE, que proibiu o transporte de armas e munições entre sábado (29) e segunda-feira (31), em função da realização do segundo turno das eleições. E o fez, como ela mesmo disse em entrevista, conscientemente. Pois, segundo ela, o ministro Alexandre de Moraes não é legislador e ela não é obrigada a seguir as suas ordens. Em outro claro ataque ao ministro do ST F, que foi instituído pelo bolsonarismo como o seu inimigo número 1.

Parece que os bichos escrotos saídos dos esgotos do fascismo decidiram apostar no caos social como instrumento de sobrevivência para as suas, digamos, ideias, e cabe às instituições democráticas e à sociedade brasileira, ou a parte dela que ainda mantém a sanidade, coloca-los em seus devidos lugares. Seja na cadeia ou nos bueiros de onde nunca deveriam ter saído. O racismo e o instinto assassino de Carla Zambelli diante de um homem preto, não podem ficar impunes. Do contrário, outros milhões de brasileiros estarão assumindo a coautoria da tentativa de homicídio que ela cometeu contra Luan Araújo, apenas por ele ser preto. E para quem pensar em me acusar de est ar sendo tendencioso, deixo uma pergunta: Por que será que o homem branco que o acompanhava e proferiu os mesmos xingamentos contra o grupo de Zambelli, não foi perseguido com o mesmo instinto?

Carla Zambelli e o racismo precisam perder os seus mandatos. Chega desse banditismo bolsonarista promovendo a destruição do país. CHEGA!

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