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Milton Blay

Formado em Direito e Jornalismo, já passou por veículos como Jovem Pan, Jornal da Tarde, revista Visão, Folha de S.Paulo, rádios Capital, Excelsior (futura CBN), Eldorado, Bandeirantes e TV Democracia, além da Radio France Internationale

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O silêncio cúmplice do poste-geral

"Quando o assunto são os crimes cometidos pelo presidente da República, Aras é surdo, mudo, cego e analfabeto jurídico", escreve o colunista Milton Blay

Augusto Aras em sabatina no Senado (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)
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Na avenida Paulista, Jair Bolsonaro repetiu as ameaças que já havia proferido pela manhã em Brasília: exortou desobediência ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, chamou-o de canalha, pediu a sua renúncia, disse que não acataria decisões de Justiça e, em tom de desafio, que nunca irão prendê-lo, que só deus o tira de lá. Isso sem falar, é claro, dos ataques ao sistema eleitoral brasileiro e ao presidente do TSE, Luís Roberto Barroso.

Referindo-se ao Supremo, ameaçou: "Ou o chefe desse Poder enquadra o seu [ministro] ou esse Poder pode sofrer aquilo que nós não queremos"…

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As ameaças, antes veladas, agora são claríssimas, inequívocas.

Bolsonaro usou toda a estrutura da Presidência para os atos com ameaças golpistas, tanto no deslocamento entre São Paulo e Brasília como em sobrevoos em helicópteros da Esplanada dos Ministérios e da Paulista.

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Mesmo assim, tenham certeza de uma coisa: o procurador-geral da República, mais conhecido como poste-geral, Augusto Aras, nada fará, muito embora tenha a obrigação moral e judicial de enviar uma denúncia ao STF, pedindo a abertura de uma investigação. Ele só agirá se receber uma enésima e vergonhosa chamada de um ministro da Corte Suprema.

Quando o assunto são os crimes cometidos pelo presidente da República, Aras é surdo, mudo, cego e analfabeto jurídico. Embora tenha a ousadia de afirmar, com todas as letras, que age de acordo com a Constituição. A verdade é outra: até hoje ele não passou de um mero cúmplice do criminoso que ocupa o palácio presidencial. Foi cúmplice dos crimes contra a saúde pública, contra a liberdade de imprensa e expressão e agora é cúmplice de atos que violam a Carta Magna colocando em risco a democracia.

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No fundo Augusto Aras, se não apoia claramente a ruptura da ordem institucional e democrática, que estão na raiz da mobilização do 7 de setembro, com pautas autoritárias e golpistas, peca por omissão. Será que espera algo em troca?

Bolsonaro há muito flerta com o golpismo e repete diariamente declarações antidemocráticas, diante do silêncio ensurdecedor do procurador-geral travestido em advogado-geral da União. 

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Se Alexandre de Moraes, ao cumprir o que manda a Constituição, é um canalha, vale a pena questionar o papel de um procurador-geral cúmplice do criminoso Jair Messias.

Nesta quarta-feira, 8 de setembro, se abre uma provável derradeira oportunidade para que Augusto Aras salve a sua biografia. Para tanto, basta enviar já ao Supremo uma denúncia contra o presidente pelos crimes irrefutáveis cometidos ontem. É uma condição sine qua non.

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