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Enio Verri

Deputado federal pelo PT-PR

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Onde está a indignação dos brasileiros?

Quanta injúria deve ainda passar a sociedade para reagir e impedir que retrocedamos mais de 100 anos? As consequências da recessão criada e aprofundada pela elite são inúmeras, entre as quais a possibilidade dela poder contratar empregados a preços mais baratos

Fora Temer (Foto: Enio Verri)
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Onde estão os trabalhadores deste País? O que mais falta lhes acontecer para que as ruas sejam tomadas por uma inarredável desobediência civil? Quando o consórcio golpista de 2016 será cobrado pela população a dar explicações sobre a consecução de fatos delatados, registrados por áudio e vídeo, materializados em 51 milhões em cédulas de dinheiro e em decisões de um Judiciário que tem lado? O roteiro revelado pelo senador Romero Jucá, "estancar a sangria" e "com o Supremo, com tudo" se cumpre fielmente.

Os veículos de comunicação da elite mantêm a sociedade ocupada com suas novelas, entre elas Lava Jato, enquanto a camarilha de Temer coloca o Brasil de joelhos para outras nações. Além de entregar o País, martiriza uma população despolitizada e recém saída de um modo de produção, de 1500 a 1900, cuja base era o trabalho escravo e a monocultura. Estamos em 2017, passados mais ou menos 129 anos de uma abolição covarde e do primeiro golpe de Estado brasileiro, a fundação da República. Em 1943, foi promulgada a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), código de apenas 74 anos e com o qual o Partido dos Trabalhadores (PT) criou mais de 20 milhões de empregos, em 13 anos. Seria a CLT o problema para a criação de empregos?

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Como se não bastassem todos os retrocessos impostos pela reforma trabalhista, como a terceirização, o trabalho intermitente, o negociado sobre o legislado, a supressão dos sindicatos nas negociações entre patrões e empregados, o desconto no tempo de lanche e de troca de roupa, a elite das Américas que por mais tempo perpetrou a escravidão agora acaba com a possibilidade de fiscalizar o trabalho escravo no Brasil. Não estamos falando de EUA, Canadá, Bolívia ou Venezuela, mas de um país onde, em 2014, havia gente e empresas donas de 155 mil escravos.

Para o brasileiro comum, aquele sem privilégios financeiros e políticos, que batalha diariamente por um ou dois salários mínimos, mais de 70% da população, a elite reserva os restos da mesa e um quartinho nos fundos do imóvel, quando muito. Quanta injúria deve ainda passar a sociedade para reagir e impedir que retrocedamos mais de 100 anos? As consequências da recessão criada e aprofundada pela elite são inúmeras, entre as quais a possibilidade dela poder contratar empregados a preços mais baratos.

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Segundo um veículo de imprensa, investimentos significativos, somente em 2019. Isso significa, nada de produção, nada de empregos e nada de consumo. Ainda que isso signifique deterioração do capital produtivo, atraso econômico e social do País, a egoísta elite brasileira aposta na possibilidade de contratar um escravo bem barato, e mudo. Hoje já são mais de 18 milhões de pessoas que trabalham por menos de um salário mínimo. Mais da metade do 1,4 milhão de empregos criados no segundo trimestre deste ano foi informal. Já os trabalhadores que estão por conta própria, já são em 22,8 milhões. Os mais de 20 milhões de empregos criados pelo PT foram com carteira assinada.

Segundo relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), a taxa de desemprego no Brasil, em 2017, será de aproximadamente 13%. Com o incremento de mais de um milhão de pessoas na busca por uma vaga, o ano será fechado com 13,6 milhões de desempregados. Entre os países emergentes, a taxa de desemprego do País é a que mais cresce. Os estudos apontam que o desemprego deva chegar para 13,8 milhões brasileiros.

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As ruas são a única saída para interromper o processo de desmonte do Estado brasileiro, colocado em curso pelo ministério de notáveis bandidos de Temer. Um dos primeiros e mais revolucionários atos da sociedade é deixar de consumir essa imprensa. Ela é instrumento da elite para manter a nação inerte, sem capacidade de ação, confusa demais com informações incompletas e estanques. O cidadão comum, que não teve acesso às competências que o permitam criticar o que é imposto, não percebe o que realmente acontece e tem olhos apenas para o entretenimento e o diversionismo. Às ruas, trabalhadora/es, para retomar o País aos brasileiros.

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