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Eric Nepomuceno

Eric Nepomuceno é jornalista e escritor

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Outra aula magna de manipulação e mentira

"O que aconteceu, enfim, foi outra clara, concreta, palpável mostra da capacidade olímpica de Jair Messias mentir e manipular", escreve o colunista Eric Nepomuceno, após Jair Bolsonaro alegar que tem mais anticorpos em comparação com as pessoas vacinadas, uma justificativa para entrar em um estádio sem o passaporte sanitário

(Foto: ABr | Agência Senado)
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Por Eric Nepomuceno, do Jornalistas pela Democracia

Meios de comunicação do Brasil e de vários países informaram que Jair Messias foi impedido de entrar no estádio para ver o jogo entre o Santos e o Grêmio porque não tem o “passaporte sanitário”, ou seja, o certificado de vacina exigido para vários eventos públicos, o futebol entre eles. 

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Ao contar que não pode ir ao jogo, Bolsonaro demonstrou indignação. E lascou uma de suas afirmações favoritas: “Para que passaporte? Eu tenho mais anticorpos que os que tomaram a vacina”, em alusão a ter contraído Covid-19.

A declaração teve, como sempre, um alvo específico: a manada de seguidores obcecados e radicais que formam uns 12% da opinião pública.

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Mas como impedir um presidente de entrar num estádio é assunto sério, desta vez a baboseira teve impacto nos meios de comunicação. E assim serviu, por tabela, para reforçar sua campanha genocida contrária à vacina e em defesa da tal “imunidade de rebanho”.

Não importa que a ciência e os médicos insistam que ter sido contaminado por Covid-19 não exime ninguém de ser necessariamente vacinado. E menos ainda importa que cientistas e médicos insistam em denunciar que os medicamentos recomendados pelo tal “tratamento precoce” além de serem ineficazes podem causar sequelas laterais fatais.

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Jair Messias continua insistindo em sua campanha contra a vacinação, ignorando duas coisas. A primeira: conforme aumenta o número de brasileiros vacinados, cai o número de mortes. A segunda: isso comprova que se não tivesse demorado tanto em comprar vacinas, centenas de milhares das 600 mil mortes teriam sido evitadas.

Seja como for, tivemos neste domingo uma exitosa aula magna de manipulação e mentira: Jair Messias não foi impedido de entrar no estádio coisa nenhuma. Na verdade, nem estava em Santos, mas no Guarujá, a quilômetros do estádio. E, como sempre, a milhas marítimas da verdade.

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Em todo caso, e se tratando de quem se trata, mentiroso exímio e compulsivo, manipulador incontrolável, era uma oportunidade de ouro.

E Jair Messias soube aproveitá-la, e com louvor.

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Não adiantou nada o comunicado oficial do Santos dizendo que em nenhum momento foi comunicado, até mesmo para as óbvias medidas de segurança, da intenção de Jair Messias ir ao estádio. E mais: esclarecendo que se tal pedido tivesse sido apresentado, romperia as regras e a lei permitindo a entrada do Genocida e seu bando.

O que aconteceu, enfim, foi outra clara, concreta, palpável mostra da capacidade olímpica de Jair Messias mentir e manipular.

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Por uma questão, porém, de justiça básica e elementar, é preciso esclarecer que, de tudo que disse, um detalhe merece esclarecimento: é verdade absoluta que ele tem mais anticorpos que todos os que foram vacinados. Mas não em relação ao Covid-19: em relação à verdade, à responsabilidade, e, em última instância, à decência. 

Não existe o mais remoto, o mais mínimo perigo de que ele alguma vez seja alcançado por nenhuma das três. 

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