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Milton Alves

Jornalista e sociólogo

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PF atua como ‘polícia política’ de Bolsonaro contra Witzel

"A chamada Operação Placebo adota o mesmo 'modus operandi' do lavajatismo da época de Sergio Moro: Ação de tipo espetacular e midiática – o que revela a instrumentalização perigosa da PF pelo governo bolsonarista", diz o colunista Milton Alves

Jair Bolsonaro e Wilson Witzel (Foto: Alan Santos/PR | ABr)
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A Polícia Federal (PF), sob controle e interferência direta do governo Bolsonaro, realizou uma ação de busca e apreensão na manhã desta terça-feira (26) no Palácio das Laranjeiras, residência oficial do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC).

A chamada Operação Placebo adota o mesmo “modus operandi” do lavajatismo da época de Sergio Moro: Ação de tipo espetacular e midiática – o que revela a instrumentalização perigosa da PF pelo governo bolsonarista.

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A ação da Polícia Federal busca indícios de desvios de recursos na compra de equipamentos e insumos para o combate ao novo coronavírus no Rio de Janeiro e São Paulo. Essa foi a cobertura legal apresentada pela corporação policial.

Alvo da operação, o governador Wilson Witzel declarou que a “interferência [na PF] anunciada pelo presidente está oficializada”. Antigo aliado de Bolsonaro, Witzel é no momento um inimigo político do clã Bolsonaro. O governo do Rio de Janeiro é investigado pela compra de testes rápidos para a Covid-19 e de equipamentos para a montagem de hospitais de campanha com preços superfaturados.

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O episódio revela o aparelhamento da PF, que é a polícia judiciária da União, para atuar como um braço policial do governo do presidente Bolsonaro, abrindo um precedente perigoso que revela a natureza abertamente autoritária e neofascista do bolsonarismo.

A Polícia Federal age no Rio como atuavam os DOI-CODI’s da ditadura militar, uma polícia política para intimidar e reprimir os opositores políticos do governo. Hoje foi o Witzel, amanhã serão os partidos de esquerda, os movimentos populares, a imprensa e os sindicatos de trabalhadores.

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É preciso deter a escalada autoritária do governo Bolsonaro, que prepara o terreno para um autogolpe, em conluio com os generais palacianos, com o objetivo de implantar um estado policial de tipo bonapartista.

Bolsonaro lança a sua cruzada contra a “corrupção” também para tentar escapar de seus crimes e do fracasso da política econômica e sanitária de seu governo. “Fora Bolsonaro” é a única solução política viável para salvar o Brasil da catástrofe em curso.

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