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Reginaldo Lopes

Economista e deputado federal pelo PT/MG

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Política de preços da Petrobras dolariza economia brasileira

Nos governos petistas, aprovou-se que 50% dos royalties do Pré-sal fossem para a Educação, enquanto 25% seriam destinados à Saúde. Antes, o dinheiro do petróleo ia para a Saúde e para a Educação. Agora, o dinheiro da Saúde e Educação irá para o petróleo. E, para isso, foi preciso o golpe

Tanques da Petrobras em refinaria da estatal em Paulínia, no Estado de São Paulo, Brasil 01/07/2017 REUTERS/Paulo Whitaker (Foto: Reginaldo Lopes)
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A crise nos combustíveis é mais profunda do que simplesmente uma questão de abaixar ou aumentar o preço do diesel. Trata-se da perda de soberania que significa o Brasil iniciar o desmonte das nossas refinarias, deixando o refino para ser feito fora do país, gerando além de mais desemprego, um preço do combustível ditado pelo mercado financeiro internacional.

Não é mais o Brasil que refina e precifica o próprio produto, apesar de termos condições para isso. É mais uma etapa da desindustrialização em um setor estratégico, sobretudo com a descoberta do Pré-sal. Temer e a gestão tucana, chancelada (com o perdão do termo) pelo ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, do PSDB, estão realizando uma "privatização branca" que, na verdade, dolariza esse setor da economia brasileira. E quando se dolariza um produto que é matéria-prima para vários outros, está se dolarizando a própria economia brasileira.

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A política de preços da Petrobrás, empresa criada na época de Getúlio Vargas para fomentar o desenvolvimento do país, está voltada a atender as demandas do mercado financeiro internacional. A gestão de Pedro Parente foi meramente empresarial, voltada para o lucro de seus acionistas minoritários e jamais para o bem-estar do povo brasileiro. Como prêmio por não ter se vergado às pressões populares e se mantido fiel ao mercado, Parente se cacifou ainda mais na iniciativa privada.

Reafirmando essa política antinacional e tentando agradar apenas aos caminhoneiros, Michel Temer assinou a Medida Provisória 838 que se propõe a abaixar o preço do diesel, reduzindo, drasticamente, investimentos em programas de Saúde e Educação. O cúmulo da insensibilidade.

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O programa de aprimoramento do Sistema Único de Saúde (SUS) foi cancelado, além de bolsas para universidades, programas de saneamento básico especialmente em comunidades ribeirinhas e moradia popular, por exemplo. Lembrando que não basta apenas abaixar preço do diesel, mas também a gasolina, o gás de cozinha, o álcool, que implicam no preço da passagem dos coletivos que, diariamente, o povo brasileiro utiliza.

Foi exatamente essa a "solução" desse (des)governo. A política de preços não foi alterada, bancos e petroleiras internacionais também não tiveram que pagar mais impostos e R$ 205 milhões da Educação foi cortado, além de R$ 179 milhões da Saúde. Nos governos petistas, aprovou-se que 50% dos royalties do Pré-sal fossem para a Educação, enquanto 25% seriam destinados à Saúde.

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Antes, o dinheiro do petróleo ia para a Saúde e para a Educação. Agora, o dinheiro da Saúde e Educação irá para o petróleo. E, para isso, foi preciso o golpe.

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