Por que os militares?

“Sou pela paz; quando, porém, eu falo, eles teimam pela guerra.” Disse o salmista. Como o salmista disse-o, também, Evo Morales.

Como Morales, diz todo o povo latino-americano: somos pela paz, queremos a paz social, mas, eles teimam pela guerra.

Quem teima? A direita? A direita quer o poder e até finge participar do jogo da democracia…

Quem teima pela guerra são os militares.

É muito estranha a relação dos militares latino-americanos com o seu próprio povo.

Nosso povo ama os militares: vai nos seus desfiles, quer que seus filhos sejam militares e tratam os militares como a heróis.

E mais, é o povo que os sustenta e lhes concede muitas regalias em relação à si, o seu sustentador.

Curiosamente, porém, parece que os militares odeiam o povo: se um deles é eleito, como no caso do Brasil, trata de destruir a vida dos trabalhadores, tirar-lhes os direitos, vetar-lhes o acesso à moradia, à educação e à aposentadoria... e sempre sob ameaça.

E odeiam o país que juraram proteger, entregam tudo para os estrangeiros, nosso patrimônio, nossas reservas estratégicas, nossa economia.

Se, como no caso da Bolívia, vai tudo bem com o povo e o país vai bem, tão logo a direita se levante, contra  vontade do povo, para destruir o caminho dos trabalhadores, rapidamente, os militares tomam partido dos traidores e sustentam a sua destruição e selvageria e o seu racismo.

Por que isso acontece, que formação recebem os que nós sustentamos, que passam a nos odiar e a não pensar duas vezes em nos torturar e nos matar?

Parece que Chaves e os militares da Venezuela constituem a exceção.

Tudo que o povo quer é justiça social.

Que problema tem os nossos militares com a justiça social, com a erradicação da pobreza?

Enfim, somos pela paz social, mas, eles teimam pela guerra!

Estão reconstruindo a senzala... Temos de tomar a casa grande!