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Benedita da Silva

Deputada federal pelo PT-RJ, ex-governadora do Rio de Janeiro e primeira senadora negra do Brasil

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Precisamos respirar, impeachment já!

O fator determinante deve ser o aumento da pressão social, por todos os meios disponíveis, principalmente nas ruas, exigindo o impeachment de Bolsonaro

(Foto: ABR | Alex Pazuello/Semcom)
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Os dois primeiros anos do desgoverno de Bolsonaro foram marcados, de um lado, pela desmonte radical da saúde, educação, emprego, aposentadoria, patrimônio nacional e destruição da floresta amazônica e, de outro lado, a sua característica mais marcante é a do gabinete estimulando a violência racista, machista e homofóbica e a subordinação humilhante ao, agora,  ex-presidente Donald Trump.

Mas o que pode levar o fim de seu governo antes de completar o mandato é o seu absoluto desprezo pela vida da população brasileira. Como Bolsonaro não mobilizou a ciência e nem uniu o país contra a pandemia, como deveria agir um presidente da República, a Covid já levou mais de 212 mil pessoas à morte em todo o país.

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Agora, depois do choque nacional de ver os pacientes em Manaus morrendo asfixiado por falta de oxigênio, que poderia ser facilmente ser providenciado pelo ministério da Saúde, grande parte da sociedade começa a entender todas as conexões da política criminosa do presidente acusado de genocídio chegar a esse ponto crítico.

Primeiro veio a subestimação da Covid (“é uma gripezinha”); depois a oposição frontal às medidas de distanciamento social e do uso das máscaras; a isso somaram-se à criminosa atitude de naturalização das mortes (“e daí?”), a negação insana da vacina e agora juntam-se a sabotagem contra a continuidade da vacinação (“Apesar da vacina...”) e as ameaças diretas à democracia, ao dizer que este regime é um espécie de gesto de boa vontade dos militares para o poder civil, e não algo garantido pela Constituição.

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O governo Bolsonaro é incompetente para governar, mas é muito competente para destruir o país e disseminar a ignorância. Bolsonaro não nega a vacina por ignorância, mas por cálculo político. Assim como os nazistas criaram a teoria anticientífica da superioridade racial ariana para cegar o povo alemão, o trumpismo e o bolsonarismo usam o negacionismo da ciência e da vacina com o mesmo propósito: embrutecer a mente do povo para melhor exercer o controle ideológico da sociedade.

As vacinas contra a Covid não são essencialmente diferentes das vacinas que foram criadas na história da medicina e permitiram um salto gigantesco na saúde da população mundial. A única diferença é que a absurda negação da vacina virou instrumento político do neofascismo mundial e do bolsonarismo no Brasil. Nem mesmo a ditadura militar negou a vacina. Pelo contrário, chegou a importar de Cuba a vacina contra a meningite que assolava o Brasil naquele dramático período de nossa história.

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Por ter atacado a China e a Índia para agradar Trump, Bolsonaro se auto-isolou no mundo e agora precisa fazer reabrir os canais de negociação com esses países para viabilizar a continuidade da vacinação.

Cresce rapidamente a percepção nacional de que enquanto Bolsonaro estiver na presidência o Brasil não será devidamente vacinado nem recuperará a sua trajetória democrática. Forças conservadoras, inclusive da grande mídia, até então resistentes à ideia do seu impeachment já falam abertamente sobre isso.

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Mas o fator determinante deve ser mesmo o aumento da pressão social, por todos os meios disponíveis, principalmente nas ruas, exigindo o impeachment de Bolsonaro para o país poder respirar novamente o ar da vida, da liberdade e da democracia.

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