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Leopoldo Vieira

Marketeiro em ano eleitoral e técnico de futebol em ano de Copa do Mundo

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Prioridade: do Ministério Público à Defensoria Pública

O Brasil atualmente está, sim, submetido ao terrorismo do medo: do desemprego. E a operação Lava Jato, que só viu alternativas para a corrupção na lei penal, contribuiu decisivamente para esta situação que já atinge 12 milhões de pessoas de carne e osso, que elegem políticos de quatro em quatro anos para representarem eles na condução do País conforme as ideias da maioria dos eleitores

Desemprego fica em 7,6% em janeiro (Foto: Leopoldo Vieira)
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O Brasil atualmente está, sim, submetido ao terrorismo do medo: do desemprego. E a operação Lava Jato, que só viu alternativas para a corrupção na lei penal (como envenenar o pé de café para matar saúvas sem pensar na vida da planta, no produtor, no que consumidor, no empregado etc), contribuiu decisivamente para esta situação que já atinge 12 milhões de pessoas de carne e osso, que elegem políticos de quatro em quatro anos para representarem eles na condução do País conforme as ideias da maioria dos eleitores. Indispõem de cargo público vitalício e remunerado bem acima da média, com privilégios também nada medianos, para travar com tranquilidade qualquer disputa pelo futuro nacional.

Pelo contrário, tem pressa para trabalhar, pois a cada dia que suas condições de vida se deterioram aumentam as chances de se juntarem a tantos outros concidadãos como injustiçados, de presos que sequer foram julgados, dos que não podem pagar um advogado contra abusos estatais e privados, profissionais e pessoais, ainda mais se vulneráveis como jovens, indígenas, LGBT, negros ou deficientes. Pressa para não virar estatística sócio-econômica do bloco de quem não foi tratado melhor, com mais respeito ou justiça porque políticos e empresários foram presos.

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Claro que se insurgem contra a corrupção, afinal ao se estar desesperado, acalanta ver que tidos e havidos como ricos e poderosos estão da mesma forma "se dando mal". Os mais pobres e trabalhadores, antes, não conseguiam contratar o escritório influente para lhes suavizar ou evitar a pena. Seguem sem conseguir contratar o escritório que lhes mediaria a delação premiada.

Semear ódio para obter apoio é sinistro, contudo eficiente. Difícil é obter apoio porque a justiça social foi, ao menos um pouquinho, sentida e realizada.

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E ainda que a corrupção, de fato, tire recursos de políticas e serviços públicos, estes cidadãos, ao elegerem um líder que inverteu prioridades políticas, experimentaram uma época em que mais de 20 milhões de empregos foram gerados, o salário valorizado, os mais marginalizados amparados com renda mínima e 64 milhões entraram em mobilidade social. Houve uma época em que estes, ao elegerem um líder, viram o dragão da inflação se aquietar.

E é por isso que a polêmica em torno da escolha de Raquel Dodge por Michel Temer para liderar a Procuradoria-Geral da República é muito barulho por nada. Afinal, a Constituição define que o presidente tem a prerrogativa de escolher um PGR dentro os mais de mil membros da carreira. Nunca citou lista tríplice ou coisa que o valha.

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A questão central num País que derrete seus indicadores sociais diariamente é proteger os mais pobres e os trabalhadores das injustiças da vida, do cotidiano, e as praticadas pelo Estado e pela economia.

Portanto, qualquer futuro presidente do Brasil que tenha um mínimo de sensibilidade social, cuja demanda por ela foi muito bem registrada na pesquisa do Datafolha que aponta a sociedade balançando para o lado esquerdo, isto é, preocupada em solucionar as desigualdades e injustiças, e querendo proteção diante destas, vai concluir que é hora de um passo adiante no fortalecimento das instituições republicanas.

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É hora do investimento prioritário na Defensoria Pública da União, com correspondência nos estados. Ela tem que ser a bola da vez que fora o Ministério Público nos últimos 13 anos até 2016. Isso contribui, inclusive, para agilizar o Poder Judiciário e desmassificar o sistema prisional, permitindo melhorá-lo.

Muito mais que prisões baseadas em violações de direitos humanos, liberdades baseadas na execução destes. Não se quer ir do bandido bom é bandido morto para político bom é político preso, mas justamente para a prevalência da esperança e da ética entre todos os que acordam cedo em busca do pão de cada dia.

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E que a Polícia Federal também comece a compartilhar seus vultosos recursos com outros instrumentos muito necessários para ser firme com demais questões de gravidade penal, como a força de fiscais do IBAMA ou o Grupo Móvel de Combate ao Trabalho Escravo, por exemplo.

E o final do embate entre o Ministério Público e o sistema político, que já tem consequências para o futuro de nosso país, se dê, sem medo e divisionismo, numa soberana Assembléia Nacional Constituinte, que determine, na forma da lei e dentre outras zil coisas, se é correto que impostos comam um pouco do nosso suor para garantir o bem estar da família e o futuro dos filhos, pois que a doença do Brasil não é a corrupção, mas a desigualdade social, da qual a corrupção, seja a eleitoral seja a de privilégios corporativos, é somente consequência.

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