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Luciano Teles

Professor adjunto de História do Brasil e da Amazônia da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e autor de artigos e livros sobre a história da imprensa operária e do movimento de trabalhadores no Amazonas.

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Programas sensacionalistas espalham desinformação no Amazonas

É inacreditável que certos personagens que se dizem jornalistas tenham a coragem de gritar aos quatro cantos do Amazonas falsidades, mentiras e invenções

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É inacreditável que certos personagens que se dizem jornalistas tenham a coragem, e consequentemente ausência de senso de responsabilidade, de gritar aos quatro cantos do Amazonas falsidades, mentiras e invenções acerca de temas tão importantes e cruciais para a vida das pessoas atualmente. Podemos traduzir o que estão fazendo em seus programas numa única palavra: desinformação. 

Um desses programas é o “Programa Livre”, uma espécie de continuação do antigo “Canal Livre” que na época era apresentado pelos irmãos Wallace Souza e Carlos Souza. Inclusive os irmãos e o seu antigo programa (Canal Livre) foram alvos da série “Bandidos” que passou na Netflix. Pois bem, o “Programa Livre” é apresentado pelo filho do Wallace Souza, Willace Souza. Este rapaz através de seu programa, de forma gratuita, tem verbalizado horrores sobre a vacina contra a Covid-19 para as crianças. Mas não somente isso, ele tem atacado a vacina como um todo. Ele não teve nenhum receio em afirmar absurdos sobre a vacina e ainda disse que se tivesse um filho só “daria qualquer tipo de vacina apenas depois dos 12 anos”. Veja que absurdo! A coisa já não se restringe mais à vacina contra a Covid-19. 

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Outro programa que infelizmente difunde desinformação é o “Alô Cidade”. Este programa é o antigo “Alô Amazonas”, que era apresentado pelo atual governador do Amazonas, Wilson Lima. Hoje, este programa é apresentado por Mário César Filho. Em seu programa, tal apresentador trata de diversos temas, mas sempre foca na segurança pública. De forma superficial e sem nenhuma leitura ou análise mais séria sobre a segurança pública, vem defendendo que a população se arme. Veja, o tema é segurança pública, mas a defesa é da segurança privada, do indivíduo se defendendo. Que coisa né! Para ele o Estado deve se retirar dessa responsabilidade constitucional e o indivíduo deve se defender por si só... Onde fomos parar! 

Há outros programas que reforçam esse coro contra a vacina e a favor das armas, a exemplo do “Na Mira” e do “Alerta Amazonas”, este último apresentado por Siqueira Júnior, o maior dos maiores no que tange a questão da desinformação. Há outros temas também em que a desinformação ganha corpo, como o do alto preço dos combustíveis, dos gêneros alimentícios, do desmatamento, etc. 

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É importante se perguntar: tais apresentadores não procuram se informar e estudar corretamente sobre os temas que eles próprios se propõem a debater? Será que são tão rasos assim? Ou estão seguindo orientações políticas e ideológicas dos seus patrões? Ou simplesmente absorvem qualquer informação acriticamente, divulgando-a? E aqueles que passaram por uma faculdade de jornalismo, esqueceram-se do que estudaram? 

Seja como for, a desinformação pode matar. E tem matado! Sobretudo em contexto de pandemia e miséria. A palavra tem poder, ainda mais quando ela pode alcançar simultaneamente diversos pontos do estado do Amazonas. Aqui o senso de responsabilidade deveria ser enorme, e não o contrário. 

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Se a desinformação mata, quem a difundiu deveria ser responsabilizado na proporção da vida perdida. A desinformação está longe de ser “liberdade de expressão”!

Já chega de discursos e palavras absurdas. Os programas citados e seus apresentadores necessitam de uma “autocrítica” e de uma “reciclagem” geral. Não é possível continuar na ignorância e na desinformação gratuitas. No jornalismo há responsabilidades e elas precisam ser assumidas. 

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Ainda bem, e isso é ótimo, que temos excelentes jornalistas que não se prestam ao “papelão” de difundir desinformação. Estes sim são rigorosos, sérios e possuem senso de responsabilidade. 

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