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Pedro Maciel

Advogado, sócio da Maciel Neto Advocacia, autor de “Reflexões sobre o estudo do Direito”, Ed. Komedi, 2007

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Quem é Frederico D'Avila?

(Foto: Mauricio Garcia de Souza/Alesp)
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Não é ninguém, ou melhor, é alguém incapaz de fazer o bem ao próximo, é apenas um paulistano de 44 anos, um “filhinho de papai”, e talvez um “filho da mãe”, malcriado e ignorante, que em 2018 foi eleito deputado estadual em São Paulo pelo PSL.Ele teve o atrevimento de, no afã de defender as políticas armamentistas do governo federal, referir-se ao Arcebispo Dom Orlando Brandes como “vagabundo e safado da CNBB”, à Teologia da Libertação como algo demoníaco, chamou o Papa Francisco de “vagabundo e safado”, e continuou dizendo que a CNBB é um “câncer que precisa ser extirpada do Brasil”, e, genericamente chamou Dom Orlando Brandes e o Papa Francisco de “pedófilos e canalhas”.

Tudo da tribuna da Assembleia Legislativa do Estado, espero que os deputados estaduais tomem providências.

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E, para “coroar” a sua estupidez verborrágica, cumprimentou os Arautos do Evangelho e a Opus Dei, organizações de extrema-direita, que, no caso da Opus Dei, apoiou o regime fascista de Franco na Espanha e que usam da fé para fazer proselitismo ideológico reacionário e conservador.A única contribuição para a sociedade paulista desse néscio malcriado foi o projeto de Lei 1.099/2019, que transformou o primeiro dia do mês de julho na data celebrativa do Dia do Policial Militar da Cavalaria, projeto sancionado pelo governador. Como vivemos sem essa data comemorativa até hoje?No seu pedigree consta ser descende, por parte de pai, de Garcia d’Ávila, administrador colonial português – aqueles que matavam índios, enviavam para Portugal toda nossa riqueza, sequestravam e escravizavam nossos irmãos africanos. O tal Garcia d’Avila foi dono de uma das maiores extensões de terra da história no século XVII.

Frederico “o malcriado” possui ascendência judaica por parte de sua mãe, uma imigrante austríaca, por isso é judeu praticante.

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O judaísmo sabe o poder e a força das palavras, e o quanto falar mal dos outros nos faz tão mal na mesma proporção, o rabino do deputado malcriado deve estar com muita vergonha, e vai lembrá-lo na primeira oportunidade que “A língua que calunia mata três pessoas ao mesmo tempo: a que profere a calúnia, a que escuta e a pessoa sobre a qual se fala.”

O deputado é engajado em causas da direita política israelense e nos movimentos de extrema-direita nacional e mundial.

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Bem, não sei se ele é um dos canalhas ou se está no grupo dos deficientes cognitivos eleitos em 2018 na “onda Bolsonaro”, mas o seu discurso no Palácio Nove de Julho revela ter saído do esgoto e merece ser punido exemplarmente.

Suas palavras seriam mais adequadas se dirigidas à imagem que ele vê no espelho todas as manhãs e às causas da direita de Israel.

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Esse rapaz não semeia a paz, a equidade, o respeito ou o amor, anseio profundo de todos os homens de todos os tempos, e sem paz, equidade, respeito e amor não se pode estabelecer, nem consolidar, no pleno respeito da ordem instituída por Deus.

O senhor Frederico não ofendeu apenas a CNBB, o Papa Francisco e Dom Orlando, ofendeu a mim e a todos os católicos de uma nação majoritariamente católica. 

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Ele não deve saber que numa convivência humana bem constituída e eficiente, é fundamental o princípio de que cada ser humano é pessoa e merece respeito; que possui em si mesmo direitos e deveres, que emanam direta e simultaneamente de sua própria natureza. Trata-se, por conseguinte, de direitos e deveres universais, invioláveis, e inalienáveis, ele violou todos esses direitos. 

Todo ser humano tem direito natural ao respeito de sua dignidade e à boa fama, o deputado malcriado violou também esses direitos; dentro dos limites da ordem moral e do bem comum, há o direito à liberdade na manifestação e difusão do pensamento, mas o bem-nascido deputado violou esses direitos, ultrapassou os limites da ordem moral.

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Talvez o malcriado do Palácio Nove de Julho não saiba, mas a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) é uma instituição permanente que reúne os Bispos católicos do Brasil que, conforme o Código de Direito Canônico, "exercem conjuntamente certas funções pastorais em favor dos fiéis do seu território, a fim de promover o maior bem que a Igreja proporciona aos homens, principalmente em formas e modalidades de apostolado devidamente adaptadas às circunstâncias de tempo e lugar, de acordo com o direito", essa instituição não semeia o ódio ou a intolerância.

Dentro das suas certezas de botequim o tal Frederico ignora que a CNBB vem defendendo desde 1952 o direito das pessoas a participarem dos bens da cultura, o direito a uma instrução de base e a uma formação técnica e profissional, conforme ao grau de desenvolvimento cultural da respectiva coletividade; ignora o trabalho transformador das suas pastorais

A CNBB esforça-se por afirmar o direito ao acesso aos estudos superiores, de sorte que, na medida do possível, subam na vida social a cargos e responsabilidades adequados ao próprio talento e à perícia adquirida.

O tal Frederico ignora também o que é a Teologia da Libertação. 

Ele não sabe tratar-se de uma corrente teológica cristã, nascida na América Latina, depois do Concilio Vaticano II e da Conferência de Medellín, que parte da premissa de que o Evangelho exige a opção preferencial pelos pobres e especifica que a teologia, para concretizar essa opção, deve usar também as ciências humanas e sociais; que ela supõe uma relação direta e precisa com a práxis histórica, que é uma práxis libertadora; que busca uma identificação com os homens, com as raças, com as classes sociais que sofrem a miséria e a exploração; que busca identificação com seus interesses e com suas lutas; que acredita que a partir da consciência libertadora é possível viver e anunciar o amor gratuito e libertador de Cristo.

Esse deputado malcriado é um tolo e não merece o respeito daqueles que acreditam na igualdade, no respeito e na justiça como equidade.

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