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André Barroso

Artista plástico da escola de Belas Artes da UFRJ com curso de pós-graduação em Educação e patrimônio cultural e artístico pela UNB. Trabalhou nos jornais O Fluminense, Diário da tarde (MG), Jornal do Sol (BA), O Dia, Jornal do Brasil, Extra e Diário Lance; além do semanário pasquim e colaboração com a Folha de São Paulo e Correio Braziliense. 18h50 pronto

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Quem é o maior inimigo de Bolsonaro? O próprio Bolsonaro

Para a avaliação da equipe de marketing, foi um desastre fazer campanha com a dor dos ingleses

Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução/Twitter/@JornalOGlobo)
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Dura é a vida do marqueteiro de Bolsonaro, Duda Lima. Provavelmente tenta fazer um roteiro para melhorar sua imagem, já tremendamente desgastada na mídia e nas ruas, com objetivos claros e uma simples mudança de comportamento. Mas não contava que o presidente seria totalmente imprevisível. Por vezes tenta emplacar uma fachada de presidente paz e amor, mas sempre na hora expressa seu lado truculento. O tour de Bolsonaro pela Inglaterra e EUA, que era para mostrar o lado estadista, da qual nunca quis cumprir em 3 anos de governo, mostrou o quanto está desesperado se distanciando cada vez mais de um segundo turno.

"Às favas, senhor presidente, neste momento, todos os escrúpulos de consciência." Foi dita por Jarbas Passarinho, ministro que subscreveu o texto do Ato Institucional Número Cinco em 1968, em plena ditadura militar e ainda foi ministro da Justiça do governo de Fernando Collor de Mello, parece a frase mais utilizada por Bolsonaro, que insiste em tentar burlar as regras eleitorais com as imagens em Londres e EUA, e tudo que envolveu essa viagem. 

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Para a avaliação da equipe de marketing foi um desastre fazer campanha com a dor dos Ingleses. Mas se pensar na coerência de Bolsonaro, para quem tripudiou de mais de 600 mil mortes no país por COVID, tentando negociar propinas e corrupção na aquisição de vacinas, a morte de uma pessoa, seria fichinha. Essa vista ao funeral da rainha pareceu mais o seu próprio funeral de campanha, pois além de destilar sua incapacidade de sofrer, conseguiu propagar o ódio nas ruas de Londres, lembrando os encrenqueiros dos Hooligans. A cena patética de bolsonaristas tentando expulsar jornalistas da BBC, só não é pior que o discurso que fez na sacada da embaixada.

Como se não bastasse gastar dinheiro público levando não só seu filho, mas Silas Malafaia a tira colo, nas ONU, usou o cargo de presidente da República para fazer campanha em seu discurso. As caras de preocupação durante o seu discurso, do  chanceler Carlos França e Ronaldo Costa Filho, representante do Brasil junto à ONU foram de extrema preocupação. Chegou a falar  na ONU que o Lula foi condenado em 3 instâncias, sendo que na ONU, ele foi absolvido em todas. Não à toa, que Bolsonaro foi homenageado com letreiro: Vergonha Brasileira  estampada em prédios perto da ONU e uma projeção no edifício Empire State Building  chamou o presidente de "tchutchuca do centrão" e "broxonaro":

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Para a imprensa internacional, Bolsonaro representa o fascismo na América do Sul. Os próprios bolsonaristas fazem uma propaganda se autodenominando Cuscuz clã, em alusão ao grupo racista americano Ku Klux Klan, onde o próprio líder atual do grupo elogia o presidente por soar como eles. Alguns manifestantes bolsonaristas recentemente se manifestaram vestidos de Ku Klux Klan pedindo perdão aos torturadores. Realmente Bolsonaro e seus apoiadores flertam com o fascismo e nazismo de várias formas. Inclusive foi encontrada uma carta do presidente publicada em sites neonazistas em 2004. Em vários momentos, seus encontros no exterior foram com políticos da extrema direita, entre eles Beatrix Von Storch, deputada do partido neonazista na Alemanha. Bolsonaro só está produzindo notícias ruins para si mesmo constantemente. Suas viagens não mexeram, até agora, com novos eleitores, e ao que parece perderam eleitores também. Se deixar a campanha como está, o próprio presidente se afunda com suas ações.

Talvez haja alguma coisa na alma brasileira que proteja dessa dilapidação do país agregada ao aumento da violência e ódio ao próximo. Ou então seja apenas falta dos alimentos durante o dia que o brasileiro tanto sofre desde que Bolsonaro assumiu a presidência.

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