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Gerson Jorio

Professor, engenheiro, jornalista e escritor. Autor dos livros: Dos vestígios aos resultados: Os caminhos do voto nas eleições proporcionais; Eleições 2020: Os segredos da eleição de vereador em poucas páginas; Eleições 2022: Ampliando bancadas.

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Quem é quem nas eleições proporcionais de São Paulo?

Urnas eletrônicas (Foto: Bruno Kelly/Reuters)
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Hoje, temos 32 partidos políticos registrados no Brasil. Alguns estão se apresentando com novas siglas em 2022. É o caso do AGIR, antigo PTC. Outra novidade é o União Brasil, resultante da fusão entre o PSL e o DEM. Está sendo chamado simplesmente de UNIÃO. Na última janela partidária, o UNIÃO perdeu parte de seus parlamentares. A maioria migrou para o PL, atual partido de Bolsonaro. O PL, também recebeu reforços de outras siglas: PSB, PP, PSDB, REPUBLICANOS, PTB, PDT, PSD, PATRIOTA e PODEMOS. Agora está bem forte.

Após esses ajustes, PT, PL e UNIÃO, deverão liderar a ocupação de cadeiras na Câmara dos Deputados. O PT por sua vez, construiu uma federação partidária com o PCdoB e o PV.

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Com as novas regras para definição dos eleitos, as eleições terão suas especificidades acentuadas nas diversas unidades da federação.

São Paulo, por exemplo, será o estado onde teremos mais partidos concorrendo na primeira fase da nova regra de cálculos em vigor. Prevejo que o PL, PSOL, PT, PSDB, REPUBLICANOS, UNIÃO, PSB, NOVO, PSD, PODEMOS, MDB e PV serão os partidos que disputarão essa etapa de cálculos. Minha previsão é fundamentada em alguns elementos: 1º) São Paulo é o estado no qual os partidos necessitam da menor porcentagem de votos para alcançarem o quociente eleitoral, aproximadamente 1,43% dos votos válidos; 2º) Mesmo com a participação de todos os partidos registrados no Tribunal Superior Eleitoral, o que gerará uma grande diluição de votos, as siglas citadas acima ainda continuarão fortes o suficiente para alcançarem o tão almejado quociente eleitoral e 3º) Por ser o estado onde está concentrado a maior parte do potencial eleitoral destes partidos.

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É também importante alertar que nas próximas eleições deveremos ter uma menor abstenção com um natural aumento dos votos válidos.  Vários fatores me fazem supor isso: com a crescente criminalização da política pelos meios de comunicação e consequente desilusão do eleitorado, as abstenções, que em 2002 eram de quatro milhões, oitenta e sete mil e trezentos e cinquenta e um eleitores, foram subindo até atingirem, em 2018, sete milhões, cento e onze mil e cinquenta e dois eleitores. Essas abstenções provocaram uma queda constante na porcentagem de votos válidos, de 90, 95% dos eleitores aptos para votar em 2002, até 81,41% em 2018. Em 2022, além do sucesso da propaganda realizada por muitos artistas para que os jovens de dezesseis e dezessete anos tirem o seu título de eleitor e votem, teremos o resultado da limpeza e atualização nos cadastros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ocasionado pelo recadastramento do voto eletrônico. Isso provocava uma “falsa” alta abstenção em função de cadastros desatualizados, conduzindo para uma diminuição na porcentagem de votos válidos. Existe ainda a pressão da atual conjuntura e da polarização em torno de dois nomes de grande apelo emocional na disputa da presidência. 

Tudo isso, creio, concorrerá para um aumento no percentual de votantes.

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Provavelmente, teremos ainda mais quatro partidos entrando na disputa na fase das sobras: PDT, CIDADANIA, PATRIOTA E PP. Mas, para isso terão que superar os limites impostos pela regra 80/20, ou seja, alcançarem oitenta porcento do valor do quociente eleitoral e possuir candidatos com votação igual ou superior a vinte porcento do quociente eleitoral. 

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