CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Alex Solnik avatar

Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

2484 artigos

blog

Quem não for de extrema-direita será derrubado

Na avaliação do jornalista Alex Solnik, a guerra dos bolsonaristas não é somente contra a esquerda; "A aliança da direita com a extrema-direita que colocou Bolsonaro no poder está rompida. Não basta ser de direita para estar no governo, é preciso ser de extrema-direita – essa é a ordem"

Quem não for de extrema-direita será derrubado (Foto: Marcos Corrêa/PR)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Por Alex Solnik, para o Jornalistas pela Democracia - A guerra em curso no governo entre as chamadas (erroneamente) alas "ideológica" e "militar" tem muitas semelhanças com a guerra deflagrada entre militares nos estertores da ditadura de 64, quando a "linha dura" sabotava os governos Geisel e Figueiredo, que pregavam a abertura política.

O fracasso do atentado de 1º. de maio de 1981 no Riocentro, planejado pelos extremistas do Exército que tencionavam derrubar Figueiredo para que a ditadura continuasse enterrou seus planos.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Bolsonaro, que está à direita do general Santos Cruz, é o herdeiro dessa ala de militares de inspiração nazista. Seu objetivo é implantar o regime que seus ídolos - como o torturador Brilhante Ustra - não conseguiram concretizar.

Ele não quer "tão somente" a volta da ditadura de 64, mas a implantação de uma ditadura mais radical, que estava nos planos da "linha dura", que se dedicou, dentre outras monstruosidades, a eliminar "comunistas" jogando-os de aviões no Oceano Atlântico.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

O primeiro equívoco do cenário atual diz respeito às denominações, que dividem os grupos em guerra entre "ideológico" e "militar". As duas alas do governo têm ideologia. A diferença é que "olavistas" são de extrema-direita e os militares, de direita.

(Conheça e apoie o projeto Jornalistas pela Democracia)

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

O objetivo de Olavo ao xingar generais – ou taxá-los de "comunistas" - é derrubá-los, trocando-os por militares ou civis que comunguem das mesmas ideias de extrema-direita dele e de Bolsonaro.

A aliança da direita com a extrema-direita que colocou Bolsonaro no poder está rompida. Não basta ser de direita para estar no governo, é preciso ser de extrema-direita – essa é a ordem.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

A guerra dos bolsonaristas não é somente com a esquerda; é contra todos que não se alinhem ao The Movement, de Steve Bannon, que preconiza implantar ditaduras de extrema-direita ao redor do mundo, como a da Hungria, destino de recente viagem do filho-chanceler.

Quando diz que seu governo não tem duas alas, e sim uma só, Bolsonaro manda um recado: quem não for de extrema-direita terá de, mais cedo ou mais tarde, cair fora. Ao premiar seu guru com a Grã-Cruz da Ordem do Rio Branco, o presidente mostrou de que lado está.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Somente um governo totalmente de extrema-direita poderá implantar um regime ditatorial mais troglodita que o de 64.

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Carregando os comentários...
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO