Quem são os inimigos do Brasil?
De forma estereotipada, fixa, deformante e débil, certa elite branca e seus adeptos obtusos não conseguem se desvencilhar do seu significante mestre corrupção com o subsequente e fossilizado significado forjado: Lula e Dilma e a serpente vermelha
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O significante da hora é a tal da corrupção, mais antiga do que o próprio homem, conforme se pode ler no Texto da Criação, no qual, de forma incipiente, o "fruto proibido" da macieira fora corrompido pelos criminosos "Adão e Eva", através da figura sombria e malévola da serpente.
Conforme o nosso velho e sempre em atualizações, Aurélio, o sinônimo de "cor.rup.ção" é: "sf (lat corruptione) 1 Ação ou efeito de corromper; decomposição, putrefação. 2 Depravações, desmoralização, devassidão. 3 Seduções. 4 Subornos. Var: corrução".
Entretanto, no Brasil atual, o termo corrupção ganhou novos significados arbitrários cristalizados, de forma análoga ao Texto da Criação. Hoje, na boca e no raciocínio raso de uma certa parcela nonsense de sua população passou a significar apenas Lula e Dilma ("os criminosos"), embora a serpente tenha sido abolida de seu texto em seu espectro universal e se encarnado apenas na pele daquela outra parcela da população defensora da gramática do Aurélio.
De forma estereotipada, fixa, deformante e débil, certa elite branca e seus adeptos obtusos não conseguem se desvencilhar do seu significante mestre corrupção com o subsequente e fossilizado significado forjado: Lula e Dilma e a serpente vermelha.
Para um bom linguista e mesmo para um iniciante psicanalista servo 'ad hoc' lacaniano trata-se de uma holófrase: "Holófrase é, enfim, o nome que Lacan dá à ausência da dimensão metafórica. A solidificação de S1 e S2 impede a vinda de outros significantes, já que eles ocupam o mesmo lugar. Se há holófrase, o aparecimento de a, como causa de desejo, está impossibilitado."
– (Stevens, 1987) – Reverso v.28 / n.53 Belo Horizonte / set. 2006 / Clínica Psicanalítica / Nos limites da linguagem. / A holófrase sua incidência na clínica da primeira infância/At the limits of language. The holophrasis and its incidences in the clinic of first infancy / Isabela Santoro CampanárioI; Jeferson Machado PintoII / UFMG / Círculo Psicanalítico de Minas Gerais.
Nesta via, os termos Lula e Dilma são um só significante e possuem o mesmo significado: corrupção. Não há possibilidade de deslizamento nas pobres cadeias semióticas interrompidas e corrompidas daquela primeira parcela da população mencionada acima. São os "Fora Dilma", "Fora Lula", "Fora PT", ou seja, os vociferantes raivosos ululantes, próximos aos solilóquios psicopatológicos produtores de carcinoma basocelular na pele de todo o tecido psicossocial da nossa nação. Atualmente bastante enferma.
Aprisionados que estão em sua morbidez significante "colada", denunciam apenas a sua doença semântica de forma delirante, pois são escravos de suas próprias cegueiras forjadas pelos mestres e pelo discurso do Outro, impedindo-os de desejar por si mesmos, condenando-os a perecer em suas próprias letras arcaicas impregnadas.
Na verdade, a serpente ululante é outra, ingerindo o seu próprio veneno em praça pública, se asfixiando pelos seus próprios significantes congelados e devorando a sua própria calda.
Contra o Aurélio e toda a semiótica possível, corrupção se tornou significado do som das palavras petrificadas Lula, Dilma e o PT, até que se faça a extirpação tumoral semântica e concreta na pele pouco pensante da serpente amarela a sibilar: "impeachment".
Cuidado, elas ainda estão à solta...
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