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André Barroso

Artista plástico da escola de Belas Artes da UFRJ com curso de pós-graduação em Educação e patrimônio cultural e artístico pela UNB. Trabalhou nos jornais O Fluminense, Diário da tarde (MG), Jornal do Sol (BA), O Dia, Jornal do Brasil, Extra e Diário Lance; além do semanário pasquim e colaboração com a Folha de São Paulo e Correio Braziliense. 18h50 pronto

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Reta final: democracia ou fascismo

Lula e Bolsonaro (Foto: Ricardo Stuckert | REUTERS/Adriano Machado)
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Não querendo complicar a vida do eleitor, mas a eleição neste momento é sim do voto útil. Neste momento, mesmo com Lula vencendo no primeiro turno, com mais de 51%, é necessário mostrar segurança, firmeza e mandar um recado ao mundo: Aqui não se aceita o fascismo! Mas mesmo a larga vantagem do ex-presidente, se torna necessário consolidar esse apoio nacional como movimento democrático contra um governo fascista atual. Alguns algozes do PT no passado, como Joaquim Barbosa e Reale Júnior que estão apoiando não o candidato mas estão mostrando a democracia, justamente no momento que Bolsonaro acirra o tom de golpe aos poderes. Vários seguimentos da sociedade, agora no final da campanha, estão  manifestando com firmeza, levantando a voz a favor de um governo a altura do Brasil.

Apesar da  líder de extrema-direita Giorgia Meloni, do partido Fratelli d'Italia, ter vencido as eleições na Itália, admiradora de Mussolini e comprometida com o fascismo e o acirramento das tensões mundiais, o Brasil está enfraquecido mundialmente devido ao governo de extrema-direita de Bolsonaro. O que é importante no nosso país é quem vai ser a escolha da burguesia para o comando maior do país. Bolsonaro nunca foi essa escolha. Mas como se tornou a melhor opção para derrotar o PT naquele momento, houve essa adesão. Vale lembrar, que na primeira eleição da redemocratização, Collor também não foi a escolha da burguesia. 

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Hoje, a burguesia preferiria apoiar Felipe D’Avila, que quer privatizar tudo que existir na sua frente, mas novamente, o presidente seria a única chance de derrotar o ex-presidente. Mas felizmente, na democracia, temos a participação popular, que nesse grande jogo do poder é de fundamental importância para derrotar movimentos fascistas que surgem em momentos de crise. No golpe de 2016, o fascismo surge como força para levar as massas para apoiar as ideias da direita. Mas esse mesmo fascismo que movimenta as massas não se sustenta em longo prazo. E apesar da destruição provocada por Bolsonaro em quatro anos de governo, o agronegócio foi fundamental para sustentar o governo até os dias de hoje. Empresas como Sygenta, Bayer e JBS estavam sempre presentes semanalmente em Brasília com o alto escalão do governo, tendo ingerência nas políticas públicas, com uma falsa elite de direita tentando mostrar que o problema está no funcionalismo público. 

O Brasil, dos golpes de Estado, sempre flertou com o Nazismo e fascismo, que é o único movimento que conseguia abordar a grande massa. Em contra partida, o Partido dos trabalhadores sempre foi um partido que conseguia agregar todos os setores de centro-esquerda, populares e empresários de médio e pequeno porte. Desde Plínio Salgado, quando tentou na década de 30 montar um partido fascista tupiniquim, células neonazistas foram criadas nos bastidores e porões da sociedade, sempre a espreita de ressurgir em momentos de crises econômicas/sociais.  Tivemos o período do Estado Novo com Vargas, tivemos a proteção de parte do alto escalão nazista que se refugiou no Brasil e Argentina, tivemos a Ditadura Militar e nunca estivemos tão perto de ter um governo fascista com Bolsonaro. Para o mundo somos um governo de extrema-direita comparado ao presidente da Hungria, Viktor Orbán.

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Não é necessário ser Petista para apoiar um governo democrata de Lula. Basta ser humano. Estamos no momento de luta entre civilização e barbárie. É nisso que está em jogo nesse momento. E depois de 02 de outubro, aquele que é de direita, não apoia Lula, mas votou nele para voltarmos a sermos uma nação democrática, vai poder falar com bolsomínions, que antes falavam para ele: “Vai para Cuba!”, ele vai retrucar: “Vai para o Afeganistão!”

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