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Luciana Novaes

Primeira vereadora tetraplégica do Rio de Janeiro (PT) e por três anos consecutivos, presidente da Comissão da Pessoa com Deficiência da Câmara dos Vereadores. Formada em Serviço Social, com pós-graduação em Políticas públicas e gestão de governo

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Retorno ao esporte em meio a pandemia: cuidados e precauções

Seguramente o futebol é uma das maiores paixões nacionais. Por isso os atletas e demais profissionais sofreram uma intensa pressão para o retorno das atividades, e agora um grande apelo para o retorno do público nos estádios

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Seguramente o futebol é uma das maiores paixões nacionais. Por isso os atletas e demais profissionais sofreram uma intensa pressão para o retorno das atividades, e agora um grande apelo para o retorno do público nos estádios. Desde maio, a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), junto com outros 14 clubes, lançou um protocolo médico intitulado “Jogo Seguro” com uma série de recomendações de segurança para o reinício das disputas no gramado. O documento sofreu críticas de clubes cariocas como o Botafogo e o Fluminense. Outro grupo a criticar o compilado de regras, foram os especialistas como é o caso da professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro Chrystina Barros, que considerou um desserviço dos futebolistas a presa para o reinício dos treinamentos e jogos.

Outras entidades desportivas também lançaram seus documentos de orientação. O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) formulou um guia para práticas de esportes olímpicos no cenário de covid-19 que contém 15 volumes e divide em etapas a retomada das atividades, isso inclui a volta de treinamentos e atividades no Centro de Treinamento Time Brasil que recebe mais de 200 atletas por mês no Rio de Janeiro. O Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB) também lançou protocolo de retorno às atividades esportivas. O documento prevê ações preventivas que devem ser aplicadas aos Centros de Referência Paralímpicos (CRP) e demais espaços de atividades físicas para pessoas com deficiência.  

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É bom lembrar que caso esportistas amadores ou profissionais sejam contaminados, precisarão de cuidados específicos para restabelecer as atividades, uma vez que a doença pode deixar sequelas principalmente no pulmão e no coração. Durante o tratamento é necessário que o atleta faça repouso, e mesmo após a liberação médica terá de ser acompanhado clinicamente até a liberação total para a prática esportiva. A situação ainda é mais grave nos casos de atletas que possuem deficiência, posto que muitos estão no grupo de risco e por conta de debilidades no sistema imunológico.

Embora a formulação de protocolos que se baseiam em recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) seja importante, é preciso levar em conta que para a volta do público nos estádios e ginásios esportivos precisamos considerar nossa curva de contágio e mortes.  Infelizmente depois do feriado de 7 de setembro, tivemos uma nova alta que inclusive volta a ameaçar nosso sistema de saúde. Um retorno precipitado do público pode colocar em risco tanto os profissionais e atletas, quanto os próprios amantes dos esportes. Sendo assim, embora estejamos todos com saudade de acompanhar nossos campeões nas grandes competições nacionais e internacionais, é necessário compreender que o momento exige bom senso, disciplina e cautela, valores que o esporte sempre cultivou muito bem.

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