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César Fonseca

Repórter de política e economia, editor do site Independência Sul Americana

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Sadi repete Getúlio, morte de herói nacional!

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Vitória da morte!

Grito de liberdade diante da tragédia brasileira!

Assim como Getúlio deu um tiro no peito para defender a Petrobrás, Sadi Gitz deu um tiro na cabeça para protestar contra a privatização da estatal petrolífera brasileira.

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Seu recado brutal se deu diante do ministro das Minas e Energias e do governador de Sergipe, em evento destinado a discutir a privatização da Petrobrás e as consequências para as cadeias produtivas dos subprodutos do petróleo, como o gás, amplamente consumido pela população.

Trata-se do sacrifício humano, político e econômico de verdadeiro herói nacional, que morreu em defesa da empresa brasileira, no ramo de cerâmica, consumidora de gás, fabricado pela estatal.

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Como a cerâmica do empresário sergipano, milhares de outras utilizam o gás no lugar da lenha e do carvão, como forma de reduzir o desmatamento nacional.

Enquanto a Petrobrás bancou preço competitivo do gás para as distribuidoras nacionais, as tarifas, na ponta dos consumidores, representavam custos competitivos, também.

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Porém, a partir do momento em que os preços internacionais do gás passou a ser parâmetro para o preço interno, como são os dos combustíveis e do diesel, tornou-se impossível a sobrevivência do negócio de Sadi Gitz.

Tudo, evidentemente, piorou no cenário do golpe neoliberal de 2016, que aprofundou recessão, gerando desemprego de 13 milhões de trabalhadores, 30 milhões de desocupados/desalentados, 60 milhões de inadimplentes e PIB negativo.

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Os custos subiram e o mercado caiu, com a desaceleração dos grandes clientes de Sadi Gitz, no mercado de construção civil, principalmente, do Programa Minhas Casa Minha Vida, financiado por gastos públicos sociais.

As dívidas, financeiras e tributárias, engoliram o negócio, alvejado de morte pelo aumento brutal do preço internacionalizado do gás praticado pela Petrobrás sob orientação empresarial ultraneoliberal.

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Monopólio estatal virou monopólio privado que dita preço internacional para vigorar no mercado nacional.

O consumidor ganha em real, mas é obrigado a pagar em dólar, segundo cotação da estatal dirigida por orientação privada, desnacionalizante.

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O herói viu seu negócio ruir, com a decisão antinacionalista de vender a Petrobrás, desmembrando sua característica de monopólio estatal poderoso que se transformou no histórico agente principal do desenvolvimento.

Desarticular a estatal, privatizando-a sem licitação, conforme autorização antinacionalista do STF, tutelado pelos militares bolsonaristas, é desarticular o desenvolvimento nacional.

Estratégia imperialista

O governo Bolsonaro, obediente a Washington,  como destaca o consultor legislativo nacionalista e engenheiro da Petrobrás por vinte anos, Paulo César Lima, em depoimento no Senado, está entregando de bandeja toda a superestrutura econômica de extração, produção, distribuição e circulação dessa riqueza a serviço do nacionalismo econômico brasileiro, desde Vargas.

Na área do gás, a estrutura de gasoduto, espalhada em território nacional, devidamente amortizada, gerando custo competitivo para o consumidor, será doada a investidores internacionais que, sem precisar enfrentar licitações públicas, praticarão preços internacionais, sempre especulativos.

Leilão a céu aberto, mercado persa.

A privatização da distribuição do gás levará os consumidores de gás à bancarrota, como aconteceu com Sadi, no ambiente de redução da demanda interna com aumento de preço oligopolizado.

A Petrobrás privatizada é a incerteza geral para os empresários consumidores dos subprodutos do petróleo que formam rede econômica público-privada que se estende Brasil afora.

Com o esquartejamento da estatal, desde a extração à distribuição, passando pela produção e estruturas já construídas e amortizadas, só vai se dar bem quem comprar o patrimônio pronto a preço de ocasião.

Tarefa para os oligopólios internacionais.

As cadeias produtivas internas, das quais Sadi participava, estão sendo, completamente, desarticuladas pelo novo poder privatizado oligopolizado, cujo interesse é lucros crescentes.

Encerra-se conceito de Petrobrás, esquartejada, como agente do desenvolvimento econômico nacional.

Sadi, genial, anteviu o aprofundamento da dependência nacional ao capital externo a partir da privatização da Petrobrás e preferiu dar um tiro na cabeça em protesto a essa perspectiva antinacional de empobrecimento colonial.

Foi para a história com coragem e grandeza.

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