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Tereza Cruvinel

Colunista/comentarista do Brasil247, fundadora e ex-presidente da EBC/TV Brasil, ex-colunista de O Globo, JB, Correio Braziliense, RedeTV e outros veículos.

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Segundo turno no primeiro

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O segundo turno acontece no primeiro quando já neste último se estabelece, claramente, a disputa entre dois candidatos ou projetos políticos. Como agora, salvo nova reviravolta, entre Dilma Rousseff/PT e Marina Silva/PSB.  Foi o que Lula disse ao afirmar que "vamos ter o mais longo segundo turno da história". Até onde a vista alcança, temos pela frente 53 dias de confronto entre as duas candidatas e de debates sobre o que  propõem erepresentam. Neste período, a racionalidade deve recuperar algum terreno nas águas ainda agitadas pela passagem da grande onda formada pela morte de Campos, a entrada de Marina no páreo e sua disparada nas pesquisas.

PT e PSDB , que se preparam para uma polarização, não estavam preparados para a nova situação. Nem Marina Silva, pois até à morte de Eduardo Campos, a terceira via que ambos tentaram representar não vinha empolgando o eleitorado.   Diante do inesperado, todos fizeram ajustes em suas táticas e estratégias. Todos improvisaram, cometendo erros e/ou acertos que aumentaram a imprevisibilidade, na  campanha que promete ser a mais trepidante desde a volta das diretas para presidente em 1989.  O segundo turno antecipado e alongado, entretanto, proporciona ao eleitorado uma avaliação mais racional da escolha que deverá fazer entre continuidade e mudança.

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Na campanha de Marina, o primeiro improviso foi a elaboração e divulgação apressada do programa de governo,  com o objetivo de afastar temores, consolidar apoios e mostrar que a candidatura tem projeto claro para o país.  Se a iniciativa deu bons resultados junto a setores recalcitrantes, no mercado, no empresariado e nas arenas anti-petistas,  causou também o escorregão da candidata ao recuar do compromisso com a união homoafetiva para não perder apoios evangélicos. Perdeu, porém, o do eleitorado LGBT.

Na de Dilma, o improviso mais ousado foi a ofensiva contra a fragilidade política da adversária do PSB, a lembrança das crises associadas a presidentes com pouco lastro político, como Jânio e Collor, e toda o esforço de desconstrução de suas propostas de governo, com foco na pouca ênfase ao pré-sal e no alto custo das promessas, especialmente na área de mobilidade urbana.  Se o ataque despertou setores do eleitorado para estes aspectos, gerou uma enxurrada de críticas ao uso do  "terrorismo eleitoral" do qual Lula foi vítima no passado.  A campanha da presidente parece ter avaliações, originárias de pesquisas qualitativas, de que se pesar a mão e fizer ataques pessoais a Marina, o tiro pode sair pela culatra.  As próximas pesquisas dirão se acertaram ou erraram a dose.

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Com o segundo turno desenhando-se no primeiro, o PSDB ainda procura caminhos para recolocar Aécio Neves na disputa. Entretanto, vários improvisos foram altamente nocivos ao candidato. Mais graves, a declaração de seu coordenador de campanha, José Agripino, de que poderiam apoiar Marina no segundo turno, e o discreto movimento de alguns tucanos a favor do voto útil em Marina. O resultado foi o crescimento dela em São Paulo, tirando votos do senador.

Agora, todos dão tratos à bola e aos marqueteiros na busca de posicionamentos menos apressados. O tempo favorece Dilma e Marina e não ajuda Aécio Neves.

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