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Mateus Mendes

Bacharel em Geografia pela UFF e mestrando em Ciência Política – Política Mundial pela UniRio, professor da rede municipal de Duque de Caxias e diretor do Sepe-Duque de Caxias

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Sem anistia!

Para que não haja novos 8 de janeiro, é importante gritarmos juntos: sem anistia!

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil | Valter Campanato/Agência Brasil | Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)
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 O bolsonarismo é, sem dúvida, o maior e mais urgente desafio político no Brasil hoje. Não há, como argumentam alguns, bolsonarista suave: o bolsonarismo é, por essência, uma expressão política extremada, intolerante e violenta. Não é possível a tergiversação nessa matéria. Quem discorda ou está iludido, ou está comprometido. 

Seu combate passa por duas frentes, uma institucional e outra político-social, que precisam trabalhar em conjunto, de forma articulada.

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Do ponto de vista institucional, há duas tarefas. Identificar e remover do Estado os elementos que se negaram e se negam a aceitar que foram derrotados nas urnas e que, por isso, conspiram contra não o governo Lula, mas contra a democracia brasileira. Não podemos transigir com sabotadores, tenham eles matrícula, mandato ou patente.

A outra tarefa é criar instrumentos que permitam fazer frente ao bolsonarismo na sociedade. Ou seja, instrumentos de comunicação que combatam as fakenews e que divulguem massivamente as ações do governo. 

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Na frente político-social, a fórmula é: rua, rua, rua; rede, rede, rede. É urgente ocuparmos as ruas e as redes em um intenso e forte movimento pró-democracia. Para defendermos a democracia há que ter, nas ruas e nas redes, uma agitação social que abafe o bolsonarismo, que mostre que a extrema direita é minoritária na sociedade.

E felizmente já temos a chamada que unifica as duas frentes. A palavra de ordem capaz de precipitar esse movimento pró-democracia é "Sem anistia!". 

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Por um lado, só com um forte e expressivo movimento popular, nas ruas e nas redes, teremos condições políticas para identificar e punir os servidores públicos que conspiraram, conspiram e continuarão a conspirarar contra a democracia caso nada seja feito. Isso é particularmente verdadeiro no caso dos militares, policiais e parlamentares. 

Por outro lado, o que todos os democratas anseiam não é a punição em si. Não se trata de um arroubo punitivista. Trata-se, isso sim, de aproveitar essa oportunidade para rompermos com dois aspectos que vêm acompanhando nossa sociedade e comprometendo nosso desenvolvimento político e social: a tutela militar e as sucessivas anistias amplas e irrestritas. Portanto, a demonstração de que as lideranças e as instituições desejam promover esse salto de qualidade terá enorme capacidade de mobilização.

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Uma vez identificado os que participaram da tentativa de golpe, os golpistas precisam ser julgados e, se for o caso, condenados. Uma anistia nesse caso seria um péssimo recado, seria a contratação de outra aventura para um futuro próximo. A punição no máximo rigor da lei para os golpistas é a primeira tarefa preventiva contra esse tipo de violência.

"Sem anistia" é o único toque de clarim capaz de unir todos que real e honestamente têm apreço pela democracia, a despeito de divergências ideológicas e partidárias. Por outro lado, o apaziguamento é a defesa do golpismo, ou seja, do fim da democracia.

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Então, é chegada a hora de fazermos esse acerto de contas com o passado e promovermos esse salto de qualidade na sociedade, no sistema judiciário e no sistema político brasileiros.

Para que não haja novos 8 de janeiro, é importante gritarmos juntos: sem anistia!

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