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Leandro Monerato

Mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural pela UnB e produtor do canal Materialismo Militante no youtube

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Só os conselhos populares podem salvar os trabalhadores

(Foto: AMANDA PEROBELLI/REUTERS)
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Se em tempos normais o Estado é o balcão de negócios da burguesia, em tempos de crise o Estado capitalista se transforma em seu comitê de salvação. A pandemia mundial de coronavírus revelou essa verdade teórica com todas as cores e multiplicidade da vida real.

Enquanto alguns bilhões de reais é destinado a mais de 200 milhões de pessoas, trilhões são destinados a um punhado de bancos e grandes capitalistas. O que fez Bolsonaro se repete em praticamente todo o globo.

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Mais transferências virão com a continuidade da crise. E como a sobrevivência de milhões é mais forte do que qualquer controle ideológico, será preciso a força bélica para conter as massas. O estado de sítio é o complemento lógico do grau de intensidade do saque promovido pela burguesia.

Se o golpe de estado levava ao fascismo, como temos afirmado desde o primeiro número desse jornal, a crise atual coloca na ordem do dia mostrar sua face à luz do dia. Não no Brasil, mas no mundo. A máquina fascista desenvolvida desde o golpe de 16 será a qualquer momento colocada em funcionamento.

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A luta de classes está a ponto de se transformar em guerra de classes. E a  burguesia está pronta para a guerra civil. Tem seus instrumentos políticos, seus recursos financeiros e militares. Tem o Estado para coordenar suas atividades.

E o povo trabalhador? Divididos por sindicato, por ideologia, geograficamente e politicamente seremos presas fáceis. Ficar em casa não é uma opção para o povo trabalhador. Apenas a sua unidade numérica pode criar uma força passível de contrapor as forças estatais. Apenas a sua unidade.

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O trabalhador brasileiro não enfrenta o coronavírus como as demais classes podem fazer. Porque soma-se ao vírus inúmeros problemas gravíssimos: fome, desemprego, desabrigo, abandono. Além de tudo isso terá que enfrentar as forças militares da burguesia que se aproveitam do momento para avançar seus planos mais mórbidos. “Matar pelo menos 30 mil” foi o lema de Bolsonaro que fez a burguesia alça-lo ao poder.

Impõe-se, portanto, aos trabalhadores se unirem, organizarem-se para defenderem-se a si mesmos e seus familiares. Defender-se socialmente, politicamente, militarmente. É preciso formar conselhos populares que reúnam centenas de milhares de pessoas para discutir, deliberar e executar ações de proteção, de autodefesa.

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A necessidade impõe os conselhos populares. Pois já não se trata de nos defender por categoria, ou por localidade. É preciso defender-se enquanto classe. É preciso realizar inúmeras ações simultâneas em esferas e direções diferentes. É preciso criar/fortalecer seus meios de comunicação independentes, pois a burguesia utiliza sua máquina de propaganda para desinformar e confundir. É preciso criar grupos de autodefesa contra os ataques fascistas dos militares, dos milicianos. É preciso organizar a produção dos insumos básicos de sobrevivência. É preciso ocupar hospitais privados e colocar todos os leitos disponíveis para a população. É preciso estatizar os setores estratégicos. É preciso fazer tudo e de modo urgente. E os conselhos populares já demonstraram várias vezes na história a sua eficácia.

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