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Roberto Xavier

Cientista Político, Mestre em Gestão de Políticas Públicas

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Só sobreviveremos a essa pandemia por conta da ação direta do Estado

Sempre foi o Estado e não o mercado que promoveu as soluções mais efetivas de curto, médio e longo prazo quando houve uma crise mundial

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Por Roberto Xavier

Foi o Estado quem financiou as empresas farmacêuticas para além dos seus interesses financeiros. Foi o Estado que possibilitou o atendimento médico de quem adoeceu. Foi o Estado que impôs o distanciamento social e o uso obrigatório de máscaras. Será o Estado que fará a imunização de bilhões de pessoas pelo mundo. 

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Sempre foi o Estado e não o mercado que promoveu as soluções mais efetivas de curto, médio e longo prazo quando houve uma crise mundial, fosse financeira, humanitária ou epidemiológica que, deixadas sem a intervenção estatal e sob a influência exclusiva das leis de Mercado, não seriam controladas e tenderiam levar as sociedades ao colapso e a anomia.

Os defensores da livre iniciativa esperam que os grupos de indivíduos com interesses particulares ajam por seus interesses comuns ou sociais, tanto quanto esperam que os indivíduos isoladamente ajam por seus interesses pessoais. 

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Mas na prática a racionalidade individual é centrada nos próprios interesses e não age para promover os interesses comuns a menos que haja alguma coerção ou incentivo a esse comportamento. Essa coerção ou incentivo é garantida pelo Estado. 

O Estado, mesmo com todas as suas deficiências e falhas, é a única garantia, diante de toda a imprevisibilidade inerente à vida em sociedades complexas, de que sobreviveremos. 

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O Estado ainda é o único arranjo humano capaz de coordenar a vida em sociedade que garanta que a vida como conhecemos hoje tenha alguma possibilidade de permanecer.

Sem a presença do Estado, o que nos resta é o Estado de Guerra como colocado por Hobbes em O Leviatã. É a ausência de um poder comum capaz de manter os homens em temor respeitoso que gera o caos ou na linguagem de Hobbes, uma guerra de todos contra todos.

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Somente a existência de um arranjo institucional que pudesse empenhar trilhões de dólares para enfrentar um vírus pode garantir o nosso presente e, por óbvio, nosso futuro. 

Portanto, é importante lembrar disso antes de achar que é possível uma vida em sociedade com o mínimo de previsibilidade e segurança sem que haja investimento em ciência a fundo perdido, atuação coercitiva quando necessário e funcionários públicos que possam desempenhar essas funções. E isso só os Estados são capazes de garantir.

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