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Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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TSE não parou a usina de calúnias de Bolsonaro

O WhatsApp não teria obrigado as agências denunciadas pela repórter da Folha, Patrícia Campos Mello, a pararem de disparar imediatamente milhões de mensagens caluniosas contra Haddad para milhões de pessoas se não fosse legal, escreve Alex Solnik, articulista do 247; "não é; calúnia é crime; o caluniador usa as redes sociais para fugir do flagrante, para não ser flagrado caluniando e não ser processado e preso; o bombardeamento massivo de mensagens também é proibido pelas redes porque produz efeito manada"

TSE não parou a usina de calúnias de Bolsonaro
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O WhatsApp – a maior rede social do país com 120 milhões de usuários - não teria obrigado as agências denunciadas pela repórter da Folha, Patrícia Campos Mello, a pararem de disparar imediatamente milhões de mensagens caluniosas contra Haddad para milhões de pessoas em forma de spam, invadindo a privacidade de milhões de eleitores desprevenidos nem teria banido as contas associadas a elas que praticavam o mesmo delito, inclusive a do filho do candidato da extrema-direita, Flávio Bolsonaro, desequilibrando a disputa eleitoral e praticando crimes no escurinho da internet se o que eles faziam fosse legal. Não é. Calúnia é crime. O caluniador usa as redes sociais para fugir do flagrante, para não ser flagrado caluniando e não ser processado e preso. O bombardeamento massivo de mensagens também é proibido pelas redes porque produz efeito manada.

A intervenção da empresa foi imediata. Ela não abriu uma investigação, agiu na hora para impedir que seus usuários continuassem burlando as regras de uso. A campanha Bolsonaro visivelmente burlou também as regras da campanha eleitoral, o que é muito mais grave que burlar as regras de um meio de comunicação e o TSE não agiu da mesma forma.

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Em vez de dar um basta à prática, que não vai parar por causa do WhatsApp, pois os caluniadores já estão migrando para outras redes, o ministro Jorge Mussi abriu uma investigação e deu cinco dias para Bolsonaro se explicar. Daqui a oito dias já é a eleição. Ou seja, daqui até lá Bolsonaro vai continuar fazendo a mesma propaganda de efeito subliminar, mezzo Goebbels, mezzo Trump, que lhe deu a vitória no primeiro turno.

Combater calúnias é uma das 12 tarefas de Hércules, mesmo quando há vontade política, gente e instrumentos eficazes. E o TSE não tem nenhum dos três.

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O maior estudo sobre a disseminação de fake News pela internet, realizado por cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e publicado na revista Science concluiu que, na luta entre a verdade e a mentira, a mentira ganha de lavada: notícias falsas se espalham 70% mais rápido que as verdadeiras e alcançam muito mais gente.

Não é eficaz combater as calúnias racionalmente, mostrando a verdade, porque as pessoas preferem acreditar mais nas mentiras, que são mais atraentes.

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O caluniador fica, portanto, com a faca e o queijo na mão e o caluniado, numa sinuca de bico: se ficar quieto vai parecer que está consentindo com o caluniador; se responder educadamente sua resposta não terá tanta repercussão quanto a calúnia e ele ficará na defensiva.

A única forma efetiva de destruir a calúnia é destruir o caluniador, caluniando-o também e se igualando a ele na prática do crime.

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