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Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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Tudo é possível: “O Globo” já defendeu o socialismo

Esse “O Globo” não tinha nada a ver com a família Marinho; era publicado quatro vezes ao mês na Tipografia de J.R. da Costa, rua do Conde n.4 em frente à do Lavradio

Esse “O Globo” não tinha nada a ver com a família Marinho; era publicado quatro vezes ao mês na Tipografia de J.R. da Costa, rua do Conde n.4 em frente à do Lavradio (Foto: Alex Solnik)
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“Entre os homens que em nossa época com mais atenção se tem ocupado da organização do trabalho, o mais remarcável dentre eles e cujas ideias submetidas às honras da discussão tem resistido aos golpes de variada argumentação é o célebre C. Fourier de Besançon, cuja escola conta hoje numerosos discípulos em França, Alemanha, Inglaterra e nos Estados Unidos da América. Nós publicaremos uma exposição de sua doutrina por nos parecer melhor resumir as ideias deste gênio tão fecundo e tão poderoso. Obrando desta maneira, nosso único fim é fazer conhecer os fundamentos de sua teoria, ainda muito estranha no Brasil. As ideias sociais apresentadas na França por Lamartine têm o consenso de todos os espíritos progressivos e esclarecidos. Porém o sistema de Fourier é em seu fundo o mais rico, onde os socialistas têm colhido as ideias que formam a base desta nova opinião”.

   Essa matéria saiu na página 3 da edição de 13 de outubro de 1844 do jornal “O Globo” do Rio de Janeiro sob o título “Ciência Social”.

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   Na página seguinte, desenho a bico de pena reproduz o Falanstério, o imponente conjunto arquitetônico onde morariam, trabalhariam, estudariam e se divertiriam pessoas que não seriam empregadas de alguém e sim sócias umas das outras, como Fourier preconizava. “Aí não haverá assalariados” diz a matéria. “Todo obreiro é associado a seu chefe de grupo e interessado nos benefícios proporcionalmente a seu talento, trabalho e fundos”. “Ninguém se entregará por mais de duas horas à mesma ocupação e o dia será preenchido por uma série de divertimentos tão agradáveis quanto lucrativos”. “A idade do ouro vai renascer. A harmonia substituirá a discórdia. A nova Jerusalém descerá sobre a terra. Deus habitará entre nós”.

   Esse “O Globo” não tinha nada a ver com a família Marinho; era publicado quatro vezes ao mês na Tipografia de J.R. da Costa, rua do Conde n.4 em frente à do Lavradio.

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