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Paulo Moreira Leite

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Um Feliz Natal, apesar de Bolsonaro

"Poucos povos enfrentam uma tragédia tão amarga como nós, brasileiros, alvo de um governo que nada faz para impedir o agravamento da pandemia e dá demonstrações contínuas -- e efetivas -- de trabalhar pelo seu agravamento", escreve Paulo Moreira Leite, do Jornalistas pela Democracia

Jair Bolsonaro (Foto: Alan Santos/PR)
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Por Paulo Moreira Leite, do Jornalistas pela Democracia

Apesar da sabotagem, a vacinação chegou ao Chile, estará na Argentina e não será possível impedir sua chegada ao Brasil, escreve Paulo Moreira Leite, do Jornalistas Pela Democracia

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Traumatizados por uma tragédia com poucos paralelos na história, 7,8 bilhões de seres humanos aguardam a chegada de 2021 como se fossem alunos que repetiram de ano e terão de  voltar às aulas após um ano de fracasso escolar. Há diferenças, contudo.

Apesar de todo sofrimento recente, e que está longe de terminado, em  2021, uma parte cada vez mais numerosa da humanidade já terá uma boa razão para esperar um destino melhor.

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São aqueles povos que começaram a ser vacinados, esse direito que deveria ser universal como o ar e a água, mas que  chega a ser visto como privilégio de países ricos.

Poucos povos enfrentam uma tragédia tão amarga como nós, brasileiros, alvo de um governo que nada faz para impedir o agravamento da pandemia e dá demonstrações contínuas -- e efetivas -- de trabalhar pelo seu agravamento.

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Não é indiferente às dores do povo. É contra o povo.

É preciso recordar a década de 1970, quando uma epidemia de meningite produziu um número imenso mas até hoje não contabilizado de mortos  para compreender o que se passa hoje no país.

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Temendo o efeito devastador da doença sobre um governo que dava as costas para saúde pública, a ditadura praticava a censura de guerra -- simplesmente proibia a divulgação de notícias sobre o inimigo.

 As proibições sobreviveram à troca de ditadores.

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Um ministro da Saúde de Ernesto Geisel deu uma entrevista sobre o assunto para a VEJA. A censura prévia, nas mãos dos aliados da linha dura de Emílio Médici, abrigo dos pais ideológicos de Jair Bolsonaro, seguia ativa e impediu que fosse publicada.

No já extinto Jornal da Tarde, um veterano repórter, Demócrito Moura,  apurava notícias que seriam substituidas por receitas de bolo e poemas de Camões. Demócrito não se importava. Se alguém telefonasse a redação, transmitia as informações com naturalidade.

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Incapaz de retirar notícias dos jornais, da tv, da internet, Bolsonaro trabalha 24 horas por dia para publicar fatos inexistentes, festejar momentos de dor e aumentar a produção de fake news que o protegem desde 2018.

Sempre fez e sempre fará o possível para manter o vírus em atividade. É capaz de festejar notícias ruins -- talvez boatos, sobre a vacina fabricada no país. 

A pandemia é, cada vez mais, a principal barreira as manifestações do povo, que não tem nenhum motivo para festejar Bolsonaro e seus desmandos.

A boiada precisa passar, ensinou um dos ministros naquela terrível reunião de 29 de abril.

Depois que até seu protetor Donald Trumb caiu, Bolsonaro tornou-se incapaz de caminhar em segurança. A vida, para ele, tornou-se um risco. Este é o horizonte de 2021.

A vacina está chegando ao Chile, a Argentina, a Costa Rica. Bolsonaro e seu governo podem atrapalhar, sabotar e demorar, mas não vao impedir sua chegada ao Brasil.

Feliz Natal.

Alguma dúvida? 

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