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Nêggo Tom

Cantor e compositor.

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Um vice perfeito para Bolsonaro

As trevas estão investindo alto na campanha presidencial em 2018. Nunca antes na história desse país, vimos tantos seres emergidos das cavernas do retrocesso, postulando o cargo de chefe máximo da nação

Um vice perfeito para Bolsonaro (Foto: Esq.: Marcelo Camargo - ABR / Dir.: ABR)
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As trevas estão investindo alto na campanha presidencial em 2018. Nunca antes na história desse país, vimos tantos seres emergidos das cavernas do retrocesso, postulando o cargo de chefe máximo da nação. Que o diga, o seu principal representante na corrida ao planalto, Jair Bolsonaro. Depois de ouvir algumas recusas, como do senador Mago Malta e da idealizadora do Impeachment de Dilma Roussef, Janaina Paschoal, finalmente o mito escolheu vice de sua chapa.

Trata-se do General Antonio Hamilton Mourão, que mal acabou de ser anunciado e já tratou de mostrar que está alinhado com o discurso e com o nível de ignorância do seu companheiro de chapa. Logo no seu primeiro evento como candidato a vice de Bolsonaro, o General declarou que o país herdou a indolência do índio e a malandragem do negro. Após essa decalração, podemos dizer que ele já herdou do mito, a sua característica principal. A de falar bobagem.

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A fala do General foi racista e desonesta,  intectualmente falando. Desqualifica a cultura indígena e a africana, ignorando a contribuição vital desses povos para o desenvolvimento do país,  exaltando, subliminarmente, o eurocentrismo português do colonizador. Mas, é sério que a gente esperava um discurso menos preconceituoso, vindo de um aliado de Bolsonaro? Da mesma forma, que não podemos esperar que os seus seguidores despertem, a cada rebosteio lançado por seu salvador da pátria.

Eu comparo Bolsonaro, a um clube de futebol. Ele não possui eleitores. Ele tem torcida, nunca fez nada por ela e desperta uma paixão incompreensível em alguns. Alguém aí se lembra, como e por que, começou a torcer pelo seu time de coração? Eu sou Flamengo, mas não sei dizer quando comecei a torcer e nem explicar os motivos que me levaram a isso. Quando eu percebi eu era mengão e pronto.  Na melhor das hipóteses, alguém vai dizer que a sua escolha foi influenciada pelo pai ou pela popularidade do clube. Agora, me digam: É racional votar em alguém, porque o seu pai ou a maioria, votam nele?

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Esse me parece o raciocínio mais lógico, para tentar compreender a fidelidade clubística dos eleitores de Bolsonaro. Cada besteira que ele fala, é como se fosse um drible desconcertante no zagueiro adversário. Cada resposta sem conteúdo, desequilibrada e mal educada que ele dá, é como se fosse um gol de placa. Cada vez que o seu interlocutor fica perplexo diante de sua obtusidade, é como se fosse um olé em plena final de campeonato. A sua torcida vai ao delírio. As arquibancadas das redes sociais balançam e os gritos de “Mito” ecoam por toda parte.

É bobagem dizer para os seguidores do mito, que ele não está disputando um FlaxFlu, mas a presidência da república. O amor pelo “clube” não permitiria que eles percebessem isso. Principalmente agora, que eles estão em festa, comemorando a contratação do novo reforço. O General Mourão é o “craque” que faltava. Vai encaixar como uma luva no esquema tático da intolerância e da falta de bom senso. Propostas para o país, eles não têm nenhuma. Pelo menos, alguma que nos faça crescer economica e socialmente, não.

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Mas, como todo bom clube de futebol que se preze, Bolsonaro usa o marketing para seduzir sua torcida e atrair novos adeptos. O porte de arma para o “cidadão de bem”, funciona como uma espécie de “Sócio torcedor”, do seu mandato. Seja meu eleitor e ganhe o direito de andar armado pra cima e pra baixo, para intimidar o seu vizinho durante uma discussão, matar quem discorde de você ou para extravasar o ódio e todas as demais frustrações, que martelam a sua cabecinha há tempos, e nunca  deram-lhe a oportunidade de externar.

Bolsonaro e Mourão, irão reeditar a dupla Pelé e Coutinho, no quesito estupidez. Será difícil pará-los. Uma artilharia pesada de asneiras e absurdos, será disparada contra quem estiver pela frente. Salve-se quem puder votar em candidatos menos despreparados e mais racionais.

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Definitivamente, o Brasil não é para amadores. E muito menos para torcedores.

 

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