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Mauro Nadvorny

Mauro Nadvorny, é Perito em Veracidade e administrador do grupo Resistência Democrática Judaica". Seu site: www.mauronadvorny.com.br

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Uma democracia em xeque

Se a democracia americana não mudar, o fascismo vai voltar com mais força e desta vez para ficar. Eles com certeza aprenderam a lição de que eleições não são um bom negócio

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Quem tivesse ligado a TV e visto as cenas da invasão do Congresso Americano, desavisado pensaria se tratar de um filme ou uma série. Como acreditar se tratar de cenas reais em um país onde as agências de segurança costumam funcionar.

Não somente eram cenas reais, como foram comandadas pelo presidente do país. O lunático instigou seus seguidores a tomarem o Congresso para impedir que o vencedor das eleições presidenciais fosse declarado presidente.

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Entre os invasores, grupos de judeus e nazistas cuja idolatria a Trump é capaz de  superar suas diferenças. Supremacistas com a bandeira confederada receberam juras de amor do presidente dos EUA. Racistas transitaram pelos corredores atacando os poucos policiais que tentaram resistir. Sem dúvida alguma, foi um caos promovido por diferentes facções da direita radical americana irmanadas em defesa de seu mestre.

Vale ressaltar que uma manifestação de "Vidas Negras Importam" que passou próxima ao Congresso há pouco tempo, assistiu a um Congresso protegido por centenas de agentes de polícia. Claro que neste caso não eram brancos comportados e civilizados que se manifestavam, uma invasão podia acontecer e foi preciso uma ação preventiva. Bem diferente de quando o presidente do país faz uma manifestação de desagravo ao resultado da eleição. (usei de sarcasmo para quem não entendeu).

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A chamada democracia americana é uma ilusão. Enquanto no mundo inteiro o vencedor de uma eleição é aquele que recebe mais votos, lá o presidente é eleito por delegados de estados. Na verdade o eleitor está participando de uma pseudodemocracia, o seu voto se somado a maioria nem sempre elege o presidente. Trump se elegeu assim. Hillary teve mais votos, mas menos delegados.

Trump não é o político tradicional, nunca foi. É um homem de negócios, um empreendedor, empresário que sempre usou do poder do dinheiro para prevalecer. Péssimo pagador, deve milhões ao fisco americano e corre sério risco de parar na cadeia quando deixar a Casa Branca. 

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Na política usou das mesmas táticas para impor seus desejos. Chantageou meio mundo árabe para aceitarem relações diplomáticas com Israel em troca de armas. Retirou os EUA do Acordo do Clima, impôs sanções econômicas ao Irã depois de se retirar unilateralmente do acordo atômico que o país cumpria. 

Com a China teve seus momentos de amor e ódio. Ultimamente, que se diga, muito mais ódio. Tentou dobrar o país de todas as maneiras. Rompeu acordos comerciais, impôs sanções, aumentou impostos de importação de seus produtos, obrigou empresas americanas a suspenderem suas atividades na China, tentou retirar as companhias chinesas do 5G da telefonia celular etc.

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Teve seus momentos na TV. Participou do Reality The Apprentice (O Aprendiz). Nele um grupo de pessoas precisando desesperadamente de um emprego, precisam agradar Trump, o chefe, para permanecerem no programa. A cada semana, o chefe vai eliminando participantes até que resta um, aquele que recebe o emprego. Para chegar lá, precisou cumprir diversas tarefas, mas acima de tudo, teve que passar por cima dos demais competidores. Nem sempre venceu o mais capaz, mas sempre o que mais agradou o chefe.

Esta figura sinistra, filho da meritocracia, um capitalista sagaz, tomou o Partido republicano e se elegeu presidente. Soube jogar de acordo com as regras e montou uma estratégia para ter mais delegados no colégio eleitoral, não para ter mais votos. Deu certo e o mundo teve de conviver por quatro anos com ele.

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De temperamento difícil, mimado como uma criança, não conheceu adversários no seu partido. Mesmo entre seus apoiadores semeou discórdias e sempre que contrariado não hesitou em despedi-los. A lista é longa. Trump conseguiu ter seu nome marcado para sempre. Para seus apoiadores um Deus na Terra, para seus opositores, um demônio.

Os EUA tremeram nesta semana. Boa parte das lideranças políticas temem pelas instituições, acham que Trump continua sendo um perigo para a democracia faltando poucos dias para o término de seu mandato. Uns sugerem o inédito segundo Impeachment, outros o uso da Emenda 25 que permitiria seu afastamento com o vice assumindo a presidência. Todos parecem compreender o perigo que ele continua representando.

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Trump foi um ídolo para outros países também. Bolsonaro, por exemplo, está convencido de que as eleições americanas foram fraudadas em favor dos democratas. Que o Covid-19 foi criado em um laboratório chinês para que pudessem vender uma vacina com nanorobôs que nos transformaria em comunistas. 

A queda desta figura nefasta é um alívio para todo o mundo. As lições sobre como ele chegou ao poder precisam ser aprendidas para que nunca mais volte a acontecer. Se a democracia americana não mudar, o fascismo vai voltar com mais força e desta vez para ficar. Eles com certeza aprenderam a lição de que eleições não são um bom negócio.

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