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Armínio Westermann

Analista político

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Uma proposta para o PSB

França sai candidato ao Senado. Vencendo, terá o apoio do PT para tornar-se o próximo presidente do colegiado

Marcio França (Foto: Agência Brasil)
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França sai candidato ao Senado. Vencendo, terá o apoio do PT para tornar-se o próximo presidente do colegiado. O PSB, desse modo, e França, em particular, vão se tornar peças centrais para viabilizar no congresso o programa de governo da federação progressista.

O PSB, portanto, passará a ocupar uma posição central no cenário político nacional. E, nesse contexto, seja qual for a configuração da federação (número de assentos, etc), as relações entre PT e PSB tenderão ao equilíbrio, sem o risco de que o PSB se esvazie ou seja levado a reboque. A federação, nesse contexto, será de fato uma parceria entre forças igualmente relevantes, embora não idênticas.

Ademais, uma vez negociado o apoio do PT a França -- com vistas a levar à presidência do Senado uma figura política progressista e um partido membro da federação -- seria afastado o risco de que Lula, no decorrer da campanha, veja-se constrangido a declarar apoio à reeleição de Rodrigo Pacheco à Presidência do Senado com o objetivo de obter o apoio do PSD.

O PSD, quando achar conveniente, poderá juntar-se às forças lideradas por Lula, mas sem as vantagens de ser um parceiro de primeira hora.

Kassab talvez considere melhor estratégia evitar tomar posição na esfera federal, no primeiro turno, com objetivo de eleger uma grande bancada na câmara, juntando gregos e troianos, conforme as preferências regionais. É uma estratégia legítima, num país tão diverso. Se der bom resultado, Kassab poderá, talvez, reivindicar a presidência da Câmara para o PSD. É duvidoso, a meu ver, que tenha sucesso, mas se trata de uma aposta defensável. É mais provável e seria mais natural que a posição fosse ocupada por um(a) representante da federação progressista -- que tende a ter a maior bancada na câmara, muito à frente do PSD -- de forma a dar ao governo Lula plenas garantias. Gleisi Hoffmann seria, sem qualquer dúvida, a figura mais indicada. Desse modo, os dois principais partidos da federação progressista, PT e PSB, ocupariam a presidência das duas casas legislativas, permitindo ao terceiro governo Lula navegar com segurança e a pleno vapor.

A um PV reforçado pela entrada de quadros do PSDB histórico caberia possivelmente a vice-presidência da república, de modo a dar à federação ainda mais equilíbrio. Desse modo, a temática ambiental seria levada ao coração do governo, sob a liderança de Geraldo Alckmin, sem embargo de contribuições em outras áreas.

A federação progressista precisa começar a mostrar ao Brasil que cara terá o futuro governo. A apresentação de nomes de peso para a renovação das duas casas legislativas é parte fundamental desse processo. Quem votar em França, em São Paulo, saberá que está votando, provavelmente, no próximo presidente do Senado. Quem votar em Gleisi Hoffmann, no Paraná, saberá que estará votando, ao que tudo indica, na próxima presidente da Câmara dos Deputados.

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