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Luciano Rezende Moreira

Engenheiro agrônomo (UFV), Bacharel em administração pública (UFF) e licenciado em geografia (Uerj). Professor Doutor do Instituto Federal de Brasília.

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Uma tragédia baseada na mitologia

Bolsonaro e sua trupe de sátiros serão derrotados para o bem do povo brasileiro que não suporta mais tantos devaneios épicos

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Na mitologia grega, Cassandra era filha do rei Príamo e da rainha Hécuba de Troia. Era, portanto, irmã de Páris - que raptou Helena, esposa de Menelau, desencadeando a Guerra de Troia – e de Heitor.

Cassandra se destacava por sua beleza, chamando atenção até do deus grego Apolo, que a assediou. Apolo lhe prometeu o dom da profecia, desde que ela dormisse com ele. Cassandra aceitou, deitou-se com o Apolo e recebeu a dádiva da profecia. Mas recusou a ter relações com Apolo, deixando-o furioso.

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Como vingança pela desfeita, Apolo lançou uma maldição contra Cassandra. Manteve sua palavra em lhe dar a habilidade de prever o futuro, mas fez com que ninguém acreditasse nas suas previsões. Por mais que suas profecias fossem verdadeiras, ninguém as levava a sério.

Cassandra previra que Ulisses iria confeccionar um grande cavalo de madeira e usá-lo para transportar soldados gregos ao interior da cidade Troia. Tentou de todas as formas convencer o rei Príamo a destruir o cavalo. Mas não era levada à sério. Por mais que suas previsões fossem confirmadas, ninguém lhe dava crédito.

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Na mitologia política brasileira vivemos uma situação parecida. Tido como um “deus” para uma legião de fanáticos, Bolsonaro não dá a mínima para o que especialistas do mundo inteiro vêm recomendando no combate à pandemia do coronavírus. Para seus súditos, todas as previsões feitas por autoridades mundiais não passam de devaneios.

É algo simplesmente inacreditável. Nem mesmo o grande Homero, em sua Ilíada escrita no século VIII a.C., seria capaz de imaginar algo parecido ao que se passa no Brasil em pleno ano de 2020.

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Setores mais lúcidos da sociedade brasileira, entre eles um conjunto de governadores, tentam convencer a população a seguirem um protocolo recomendado pela OMS que é ridicularizado pelo “Mito” de araque brasileiro. Um novo Cavalo de Troia já está em nossas portas e o chefe da nação, a autoridade máxima do país, finge não acreditar na gravidade dessa guerra.

A esquerda brasileira precisa se desvencilhar dessa maldição. Milhões de brasileiros deixaram de ouvi-la, preferindo acreditar em uma mitologia escatológica, bolsonarista. Talvez seja uma tarefa digna de Hércules, mas é preciso começar a realizar esses trabalhos para voltar a ter a confiança do povo.

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E o primeiro trabalho para quebrar essa maldição será o de unir, “gregos e troianos” em torno de uma bandeira unificadora: a vida.

Contra o mensageiro da morte, a mais plena unidade para fazer bradar em alto e bom som a mensagem em favor da vida. E que ela seja compreendida cada vez mais pelos brasileiros.

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Bolsonaro e sua trupe de sátiros serão derrotados para o bem do povo brasileiro que não suporta mais tantos devaneios épicos.

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