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Paulo Moreira Leite

Colunista e comentarista na TV 247

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Uma transição do jeito que o diabo gosta

"Derrotada nas urnas, sem apoio nacional e muito menos internacional, a extrema direita não tem fôlego para virar o jogo político", diz o jornalista

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A depender da vontade popular, os dias finais do governo Bolsonaro terão a marca dos grandes momentos da história do país.

Algumas centenas de milhares de brasileiros e brasileiras irão se encontrar em Brasília, para celebrar a posse de Luiz Inácio Lula da Silva, encarregado por 60 milhões de eleitores de retomar o desenvolvimento do país e a redução de desigualdades, após quatro anos de destruição e entreguismo de Jair Bolsonaro e seus cúmplices.

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Quando falta menos de uma semana para a posse, duas notícias colocam uma sombra neste processo, lembrando fraquezas institucionais que tem acompanhado o país desde 2016.  Descobriu-se em Brasília os preparativos daquele que seria o pior atentado terrorista da história do país, com a explosão de um caminhão tanque na pista do Aeroporto da Capital Federal, onde circulam 27.397 passageiros/dia.

A descoberta do atentado do caminhão apontou para um enredo maior do que a biografia do único preso até agora, George Washington de Oliveira Souza, gerente de um posto de gasolina, com quem foi encontrado um arsenal de R$ 126 000 em metralhadoras, fuzis e pistolas. (Sua renda mensal fica entre 4 000 e 5000 reais).

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Na mesma conjuntura se anunciou a saída do atual Ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, aquele que marcou sua presença em 2022 com um relatório sob medida para alimentar a fracassada campanha de Bolsonaro contra urnas eletrônicas.

O general deu uma ajuda mais recente  à instalação de um ambiente de desordem. Antecipou a saída do cargo para esta sexta-feira, 48 horas antes do prazo original -- quando Lula ainda não terá sido empossado e Bolsonaro se encontra fora do país. Tratando a decisão do general como simples fuga de suas responsabilidades, o historiador Manoel Domingos Netto observou, em artigo no Brasil247: "Parece que os fujões planejam uma acefalia no castro. Fileiras sem comando viram hordas. Se contaminadas pelo debate político, ensandecem. Esse é o plano, comandantes?"

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Como parte desse cenário, os comandantes se recusam a dispersar os acampamentos organizados nas vizinhanças dos quartéis do Distrito Federal, onde se reune a mão de obra disponível para ações violentas nas vizinhanças dos centros do poder.

Vamos colocar o debate com clareza. Derrotada nas urnas, sem apoio nacional e muito menos internacional, a extrema direita não tem fôlego para virar o jogo político. As urnas de outubro de 2022  traduziram uma vontade política clara, consistente, com base na memória popular. O jogo do terror não tem condições de vencer. Mas pode  machucar, causar sofrimento e medo.

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Por isso deve ser contido, através do único recurso que os povos possuem para defender seus direitos -- a mobilização popular, que está levando milhares de brasileiros e brasileiras a Brasília. Para José Genoíno, "na posse de Lula nós temos que ocupar Brasília, tem que ser uma posse massiva e popular".

Alguma dúvida?

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