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Virginia Berriel

Executiva Nacional da CUT

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Vacinação para todos, já!

O ano vai acabar, mas a nossa agonia e insegurança não. Parece que o medo de se contaminar com a doença não existe mais para a maioria da população

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Com o número de óbitos pela Covid-19 crescendo amplamente em todo o país, sem nenhum tipo de controle e combate à doença por parte dos governos, certamente chegaremos no final deste mês com o triste número de 200 mil mortes ou mais. Talvez até já tenhamos atingido essa marca - pesquisadores acreditam que, em razão das subnotificações e do sistema do Ministério da Saúde que deixou de apresentar os dados na semana que antecedeu as eleições, é provável o número real seja bem maior que o divulgado. Números que representam vidas, famílias, amigos que tiveram seus entes queridos ceifados por essa doença.

O ano vai acabar, mas a nossa agonia e insegurança não. Parece que o medo de se contaminar com a doença não existe mais para a maioria da população. As ruas, os shoppings, o comércio popular, estão lotados. São pessoas que levam a vida como se tudo estivesse normal, basta olhar o transporte público: ônibus, metrô e trem abarrotados. A incapacidade de gestão dos governos estadual e municipal também contribui muito para esse cenário que, tudo indica, será catastrófico mais à frente. Janeiro promete ser um mês de dor e muita tristeza.

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O desmonte do Programa Nacional de Vacinação do Ministério da Saúde é uma realidade, aconteceu efetivamente. O Brasil era referência mundial no combate a várias doenças e o programa foi jogado na lata do lixo. O Ministério hoje é governado por militares sem nenhum conhecimento sobre saúde, desde o secretário, que não deve saber nem o que faz na pasta. Uma tragédia.

O plano de vacinação informado pelo governo após cobrança do STF é um arremedo, feito às pressas, com informações imprecisas. O governo nada fez para enfrentar a pandemia. Negou, debochou, disse que era uma gripezinha. Deveria ter se organizado, já que o Brasil foi o último país a ter a doença e sua contaminação alastrada. Ao invés de debochar, deveria ter agido. Mas optou por ir contra o isolamento social.

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Não temos a vacina e, quando tivermos, sequer teremos as seringas e agulhas para aplicá-la. Uma verdadeira desorganização desse governo medíocre. Ao invés de ter trabalhado em consonância com todos os estados e governadores, num plano amplo para a imunização dos 212 milhões de brasileiros, Bolsonaro se restringiu a fazer campanha contra a vacinação e sua obrigatoriedade. Em contrapartida, continuou fazendo, de forma descarada, propaganda da tal cloroquina, medicamento comprovadamente sem eficácia alguma contra a Covid-19. Tudo para dar vazão a sua insanidade mental. 

A mando do governo, evidentemente, o Exército produziu um estoque desse remédio para os próximos 18 anos. Além dessa barbárie, mais de sete milhões de testes para a Covid-19 vão perder a validade sem terem sido distribuídos aos estados. 

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Maior crise sanitária, humanitária e social

Lamentavelmente, estamos nas mãos de um genocida. Um genocida e carrasco que precisa ser parado, arrancado da presidência do país enquanto ainda existe um país. O Brasil virou chacota mundial, a desmoralização é tamanha! Como confiar num país que tem um celerado e mentiroso como presidente? 

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Vivemos hoje a maior crise sanitária, humanitária e social. Em 2021, as desigualdades se aprofundarão, o fim do auxílio emergencial vai impactar a vida de milhares de brasileiros, que não terão o que comer. A crise econômica também se aprofundará e a situação dos brasileiros, até daqueles que ainda estão empregados, se agravará. A maioria dos trabalhadores empregados tiveram seus salários reduzidos em 30% ou mais e, outros, os contratos suspensos. As perdas salariais são gigantescas. Tudo indica teremos um janeiro e os meses que estão por vir com cerca de 20 milhões de desempregados. Isso realmente é uma tragédia!

O preço da cesta básica explodiu e, diante do cenário de perdas e do fim do auxílio emergencial, não existe mais luz no fim do túnel. Ou o governo recua e passa a controlar os preços dos alimentos essenciais da cesta básica, ou só podemos esperar pelo caos e convulsão social no Brasil. Não é possível que num país, maior produtor de grãos do mundo - arroz, feijão, soja, milho, entre outros alimentos -, o seu povo tenha que pagar por um quilo de arroz ou feijão quase 10 reais. Ou 8 reais por um litro de óleo de soja. Somos o maior produtor de soja do mundo e esse governo fascista está importando soja dos EUA. É a lógica da barbárie e do ódio aos pobres e aos trabalhadores.  

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É necessário organizarmos adequadamente a classe trabalhadora para 2021. Primeiro para lutar pela vida - queremos a vacinação para todos já e defendemos o SUS, por tantas vidas salvas e por ser o sistema em rede que presta atendimento de qualidade.

Também é imprescindível lutar contra a reforma administrativa, em defesa das empresas públicas e estatais, do Estado forte e soberano para que este forneça Saúde, Educação, Assistência Social e serviços públicos de qualidade para a população brasileira.

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 A classe trabalhadora precisa reagir aos ataques, à retirada de direitos e, principalmente, contra a exploração. Os trabalhadores não são coitadinhos. Se eles imaginassem a força que têm... São eles que produzem, dão lucro e enriquecem cada vez mais os patrões. O capital não produz nada, não dá lucro.

Só com organização, mobilização e luta, luta de forma estratégica, é que venceremos a barbárie e teremos um futuro com dignidade e respeito. Aliás, o povo brasileiro grita por respeito, contra o negacionismo. 

A nossa luta agora é pela vida. Vacinação para todos os brasileiros e brasileiras, já.

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