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Thiago Duarte Gonçalves

Diretor da Fenajufe (Federação dos Trabalhador@s do Judiciário Federal e do MPU), Oficial de Justiça do TRT da 2ª Região e membro da ABJD (Associação Brasileira de Juristas pela Democracia)

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Vencer no primeiro turno: os desafios da reta final de campanha

Temos 2 dias! Tem dias que valem anos! É arregaçar as mangas e conversar com todos a nossa volta

(Foto: Reuters)
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Há uma onda a favor de encerrar as eleições presidenciais no primeiro turno. Muitos artistas, atletas, personalidades, que não votariam em Lula a princípio, entraram na campanha “vira-voto”, pois reconheceram a ameaça neofascista de Bolsonaro e não querem dar mais 4 semanas de tensionamento institucional para o país. As pesquisas refletem esse sentimento com um pequeno crescimento de Lula, que pode ser o suficiente para a vitória em primeiro turno. 

Sabemos que o Bolsonarismo não acaba em outubro, independente do resultado no dia 02. Ele sempre existiu na sociedade: são herdeiros do Brasil-Colônia, da monarquia, da escravidão, da Ditadura Militar e de tudo que há de atraso no Brasil. A diferença é que durante a década de 90/2000 a direita clássica/ PSDB (“moderada”) hegemonizava politicamente os conservadores e não havia espaço para mais rompimento institucional, além dos limites construídos com o Golpe Jurídico-parlamentar de 2016. Para derrotar o Bolsonarismo, precisaremos avançar na organização popular no próximo período. Derrotar Bolsonaro no primeiro turno é fundamental para atingir este objetivo. 

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A estratégia de Bolsonaro é, perdendo, criar um sentimento na sua base (no mínimo) e na sociedade de que houve fraude eleitoral, para coesionar seus seguidores e continuar hegemonizando a direita, tornando-se uma alternativa eleitoral daqui a 4 anos. Isso é o básico. Utilizará de problemas pontuais/ isolados ou de muita mentira em forma de vídeos para deslegitimar o pleito eleitoral.  “Se tiver clima”, tentará o Golpe. 

Ganhar no primeiro turno é dificultar a ruptura institucional, pois o questionamento seria a todo o processo eleitoral, inclusive de deputados e senadores, e não apenas ao presidencial. Será mais difícil Bolsonaro conseguir apoio entre os seus e na sociedade. Além disso, dá condições a Lula de não precisar de acordos programáticos com outras candidaturas para ampliar votação, sendo vitoriosas as linhas programáticas apresentadas no primeiro turno. Ainda, haverá mais tempo para montar o Governo de transição.  

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Atualmente, a melhor pesquisa aponta 52% dos votos válidos para Lula. Todavia, essas pesquisas não medem o índice de abstenção. Desde 2006, esses índices cresceram, chegando aos maiores patamares em 2018. Os fatores, em resumo, são três: descrença no sistema político; multa simbólica de menos de R$ 4,00 e aumento de pessoas que vivem em estado diferente do seu domicilio eleitoral. Porém, a tensão política pode ajudar a estancar este aumento de abstenção, pois as pessoas participam mais numa ambiente político “polarizado”. 

Olhando para 2018 e outras eleições, percebe-se que a abstenção é maior em pessoas de mais baixa renda, grupo em que Bolsonaro é derrotado com folga no primeiro turno. Assim, parte das intenções de voto podem não se confirmar nas urnas devido às abstenções maiores da candidatura do campo democrático-popular. 

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Faltando 2 dias para as eleições, restam-nos três movimentos: 1 – estimular a ida as urnas de quem vai “de Lula” no primeiro turno; 2 – trabalhar com os que são considerados pelas pesquisas “indecisos”; 3 – trabalhar o voto útil em Lula. 

Atualmente, as candidaturas fora do eixo Lula x Bolsonaro giram em torno de 13/ 15%. Fazer o debate político-programático com essas pessoas, acerca da importância de vencer no primeiro turno, trará melhores condições para a vitória. Se Ciro Gomes e Simone Tebet mantiverem 8% e 5%, respectivamente, dificilmente levaremos no primeiro turno. 

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Temos 2 dias! Tem dias que valem anos! É arregaçar as mangas e conversar com todos a nossa volta; uma campanha massificada de vira-voto é o melhor que temos a fazer neste curto período.

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