Vetar distribuição de absorventes é agravar a desigualdade social no Brasil
Em uma campanha, 45% das mulheres afirmaram que por causa da falta de absorventes o seu rendimento escolar foi impactado negativamente
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Vitória Cabreira
Mais de 4 milhões de jovens não têm itens básicos de higiene nas escolas quando estão menstruadas e 713 mil vivem sem acesso a banheiro ou chuveiro em seu domicílio. O veto de Bolsonaro ao projeto que poderia beneficiar mais de 5 milhões de pessoas que menstruam reforça ainda mais a desigualdade social do nosso país, tendo em vista que 1 a cada 4 meninas já deixaram de ir a escola por falta de produtos de higiene durante o seu período menstrual, não ter condições básicas para menstruar faz com que esse período se torne um fardo na vida das estudantes, elevando a carga mental e, portanto, prejudicando seu desempenho escolar.
Em uma campanha, 45% das mulheres afirmaram que por causa da falta de absorventes o seu rendimento escolar foi impactado negativamente. Assim, as pessoas acabam faltando mais dias na escola, trazendo consequências a longo prazo, já que uma vez com a educação comprometida, a desigualdade no mercado de trabalho se acentua.
Não é possível continuarmos vivendo em uma realidade onde as pessoas que menstruam não tenham acesso ao básico, onde um processo natural do nosso corpo nos impeça de fazer nossas atividades do dia a dia, como ir a escola ou ao trabalho. Agora continuaremos lutando para que o veto seja derrubado e todas pessoas que menstruam tenham direito a produtos de higiene durante o seu ciclo menstrual.
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