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Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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Witzel queimou dois coelhos com uma cajadada só

O jornalista Alex Solnik considera que, Witzel, "como juiz que foi, sabia muito bem que Bolsonaro seria considerado suspeito de ordenar a queima de arquivo, por ser Adriano testemunha fundamental dos casos Marielle Franco e rachadinha de Flávio Bolsonaro e pela relação de 17 anos com a famįlia". "Ao queimar Adriano, Witzel também queimou Bolsonaro", acrescenta

Jair Bolsonaro e Wilson Witzel (Foto: Alan Santos/PR | ABr)
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Por Alex Solnik, para o Jornalistas pela Democracia

 De acordo com análises de legistas que examinaram as fotos da autópsia, o miliciano Adriano da Nóbrega foi, sem dúvida, executado. Trata-se de queima de arquivo. A quem interessava queimá-lo é a questão. 

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 Logo de cara é possível constatar que quem não tinha nenhum interesse nisso era o governador da Bahia. Nem poder de influir na operação.

  Afinal, quem pediu ajuda na caçada ao miliciano à polícia da Bahia foi a polícia carioca, do que se infere que ela chefiou a ação. 

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 Excluído Rui Costa do rol dos interessados, dois outros nomes despontam. Witzel e Bolsonaro. 

 É verdade que o silêncio de Adriano interessava ao presidente da República, mas não o escândalo que acabou ocorrendo. Interessava que ele sumisse para sempre, mas sem deixar rastros, principalmente rastros de sangue. 

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 Também interessava dar-lhe certa proteção, para ele não pensar em qualquer tipo de vingança, o que ficou explicitado na lista dos mais procurados do ministro Sérgio Moro, na qual ele não entrou. 

  Como todos sabem, Moro atua como protetor de Bolsonaro e faz todas suas vontades.

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  Estes, mais o fato de que Witzel é quem controla a polícia carioca e transformou caça a bandidos em plataforma eleitoral convergem para a conclusão de que o maior interessado na execução do miliciano era ele. 

  Marcaria pontos junto ao eleitorado que advoga que "bandido bom é bandido morto" e desgastaria Bolsonaro, com quem almeja disputar a presidência em 2022. 

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  Ele, como juiz que foi, sabia muito bem que Bolsonaro seria considerado suspeito de ordenar a queima de arquivo, por ser Adriano testemunha fundamental dos casos Marielle Franco e rachadinha de Flávio Bolsonaro e pela relação de 17 anos com a famįlia.

  Ao queimar Adriano, Witzel também queimou Bolsonaro.

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