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Brasil

ABI sobre discurso de Bolsonaro contra a imprensa: "repugnante, medonho e grotesco"

Presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), o jornalista Paulo Jeronimo disse que Bolsonaro “mais uma vez atacou de forma grosseira a imprensa e usou expressões de baixo calão, no estilo cafajeste tantas vezes presente em seu comportamento”

Bolsonaro e Paulo Jeronimo (ABI) (Foto: Divulgação)
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247 - O presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), o jornalista Paulo Jeronimo, em nota divulgada nesta quinta-feira, 28, disse que o discurso contra jornalistas feito por Jair Bolsonaro, na quarta-feira, 27, é “estarrecedor, espantoso, repugnante, medonho, grotesco”.

Em jantar com ministros, apoiadores e empresários, Bolsonaro comentou os gastos milionários do governo com itens como leite condensado, chiclete etc. Ele afirmou que o leite condensado era para “enfiar no rabo de vocês da imprensa” após mandar jornalistas à “puta que pariu”.

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Segundo a nota de Jeronimo, “falta compostura ao presidente”, que “mais uma vez atacou de forma grosseira a imprensa e usou expressões de baixo calão, no estilo cafajeste tantas vezes presente em seu comportamento”. Leia na íntegra:

FALTA COMPOSTURA AO PRESIDENTE 

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Estarrecedor, espantoso, repugnante, medonho, grotesco.

Estes são alguns adjetivos que poderiam qualificar o discurso do presidente Jair Bolsonaro na quarta-feira desta semana.

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Diante da divulgação de números envolvendo compras suspeitas do governo, retirados de sites oficiais, Bolsonaro mais uma vez atacou de forma grosseira a imprensa e usou expressões de baixo calão, no estilo cafajeste tantas vezes presente em seu comportamento.

Mandar a imprensa "enfiar no rabo" latas de leite condensado que podem ter sido compradas com superfaturamento só satisfaz bajuladores, como o ministro de Relações Exteriores que, ao lado do chefe, tal qual bobos da corte, dão gargalhadas e aplaudem, contentes, as grosserias do presidente.

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Foi um espetáculo lamentável.

As mortes pela Covid-19 chegam a mais de 220 mil, batendo recordes, e o governo dá seguidas mostras de uma incompetência criminosa. O mundo inteiro avança no enfrentamento da pandemia, enquanto no Brasil o governo insiste em minimizar a gravíssima situação, tornando-se responsável direto pela morte de brasileiros, ora pelo atraso na distribuição de vacinas, ora pela falta de oxigênio, ora pelo incentivo ao uso de medicamentos condenados pelas autoridades médicas.

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Bolsonaro mantém no comando da área da Saúde uma figura sem qualquer qualificação para tal. E não só o ministro é despreparado. Toda a pasta está ocupada por militares que foram nomeados em detrimento de especialistas na área experientes e competentes, num processo que inclusive compromete a imagem das Forças Armadas.

Enquanto isso, acumulam-se nas gavetas do presidente da Câmara dos Deputados os pedidos de impeachment do presidente. Já são mais de 60.

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A eles se soma o pedido de impeachment do ministro Eduardo Pazuello, encaminhado pela ABI e também engavetado. 

Decididamente, o Brasil não merece isso.

Dar um basta nesta situação é questão de sobrevivência nacional.

Paulo Jeronimo

Presidente da Associação Brasileira de Imprensa

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