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Aliança entre Temer e ruralistas pode custar meta climática ao Brasil

A aliança de Temer com os ruralistas no Congresso pode ter comprometido a meta brasileira de redução das emissões de gases que causam o aquecimento global, conforme sugere um estudo publicado pela 'Nature Climate Change'; o Brasil, referência mundial nos últimos acordos climáticos internacionais, vai sedo tragado pelas barganhas políticas pós golpe e o risco é de as emissões de gases-estufa voltarem a números do século passado

Aliança entre Temer e ruralistas pode custar meta climática ao Brasil (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)
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247A aliança de Temer com os ruralistas no Congresso pode ter comprometido a meta brasileira de redução das emissões de gases que causam o aquecimento global, conforme sugere um estudo publicado pela 'Nature Climate Change'. O Brasil, referência mundial nos últimos acordos climáticos internacionais, vai sedo tragado pelas barganhas políticas pós golpe e o risco é de as emissões de gases-estufa voltarem a números do século passado.

"Um grupo de pesquisadores do Rio de Janeiro, de Minas Gerais e de Brasília mostrou no periódico Nature Climate Change como as barganhas políticas feitas desde 2016 afetam o controle do desmatamento na Amazônia e no cerrado. No pior caso, isso faria as emissões de gases-estufa por desmatamento retornarem aos patamares do século passado. Dessa forma, o Brasil estouraria em 2030 todos os limites de emissões compatíveis com o cumprimento de sua meta no acordo do clima de Paris. Só por desmatamento o país emitiria, nesse cenário, 1,8 bilhão de toneladas líquidas de gás carbônico em 2030 – um valor 50% maior do que a meta indicativa da NDC, o compromisso brasileiro em Paris, que é de 1,2 bilhão de toneladas naquele mesmo ano.

No cenário mais provável, a conta da aliança com os ruralistas sobraria para outros setores, como a indústria e os transportes. E seria salgada: para o Brasil se manter na meta em 2030, o restante da economia teria de desembolsar US$ 2 trilhões (mais que valor total do PIB em 2017) para adotar tecnologias ainda imaturas ou não testadas e zerar suas emissões, de forma a compensar o carbono emitido a mais no setor florestal. Para fazer o estudo, o grupo liderado por Roberto Schaeffer, da COPPE-URRJ, e Britaldo Soares-Filho, da Universidade Federal de Minas Gerais, usou modelos de computador que fazem simulações de como o uso da terra evolui no território e de como as relações entre uso da terra e energia se desenvolvem em resposta a contextos diversos. Para isso, eles alimentaram o modelo com as taxas de desmatamento e as condições de governança ambiental em três momentos: antes de 2005, quando não havia controle sobre a devastação das florestas; entre 2005 e 2012, quando medidas foram adotadas e a taxa de desmatamento caiu; e entre 2012 e 2017, quando a tendência de queda se rompeu na esteira do enfraquecimento do Código Florestal e da crise política."

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