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Associação diz que fusão entre Ibama e ICMBio é "inoportuna": governo quer "militarizar a política ambiental"

De acordo com a Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Meio Ambiente (Ascema), o Grupo de Trabalho que estuda a extinção do Instituto Chico Mendes e sua incorporação ao Ibama "é composto por policiais militares e indicados políticos ligados à bancada ruralista" "A estratégia declarada do governo é militarizar a política ambiental", critica

Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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247 - A Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Meio Ambiente (Ascema) emitiu uma nota de repúdio à possível fusão do Instituto Chico Mendes (ICMBio) e o Ibama. De acordo com a Ascema, "a criação de um Grupo de Trabalho para estudar a extinção do Instituto Chico Mendes e sua incorporação ao Ibama é totalmente inoportuna e problemática". 

"O GT é composto por policiais militares e indicados políticos ligados à bancada ruralista que não tem conhecimento da temática ambiental", diz. "A estratégia declarada do governo é militarizar a política ambiental, através do decreto de Garantia da Lei e da Ordem". 

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Segundo a entidade, "extinguir o ICMBio é uma proposta de enfraquecimento dos órgãos ambientais e uma tentativa de substituir a execução da política ambiental por militares que não tem tal competência e a prerrogativa". "Um espetáculo de mau uso de recursos públicos e desvios de finalidade", afirma.

"O patrimônio natural e a sociedade brasileira continuarão sofrendo as consequências da incompetência técnica de um governo que se pauta pela ideologia, em detrimento da ciência".

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A possível extinção do ICMBio é cogitada em um contexto de aumento das críticas à gestão de Ricardo Salles no Ministério do Meio Ambiente. A falta de credibilidade dele junto à população ficou mais evidente a partir do segundo trimestre deste ano, após a divulgação de conteúdo de um vídeo da reunião ministerial que aconteceu no dia 22 de abril, quando Salles sugeriu que o governo deveria aproveitar a atenção da imprensa voltada à pandemia de Covid-19 para aprovar "reformas infralegais de desregulamentação e simplificação" na área do meio ambiente e "ir passando a boiada".

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